quinta-feira, 7 de março de 2013

TARDE DE PÂNICO NO CENTRO DO RIO

Explosão e pânico no prédio da
 OAB hoje a tarde na cidade maravilhosa

O prédio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Centro
Foto: Carlos Ivan / Agência O Globo



Uma explosão causou pânico entre funcionários do prédio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na Rua Marechal Câmara 150, no Centro do Rio, na tarde desta quinta-feira. Assustadas com o forte barulho, muitas pessoas correram para fora do edifício. O presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, confirmou que o prédio foi evacuado após a explosão do artefato, supostamente de festim, no 9º andar do edifício. Felipe Santa Cruz disse que pouco antes da explosão da bomba do tipo “cabeção-de-nego”, que aconteceu às 15h, foi alertado pelo Corpo do Bombeiros sobre a suposta presença no prédio de três artefatos, sendo um de efeito moral e dois outros com cargas explosivas. Não há informações de feridos ou de prejuízos materiais.
 
Especialistas do Esquadrão Antibombas e bombeiros realizaram uma varredura nos nove andares do edifício em busca dos artefatos. Outros três “cabeções-de-nego” foram encontrados no prédio da OAB, fora o que explodiu. Todos estavam juntos, na escada que liga o 8º ao 9º andar. Segundo os agentes, a ação tinha, aparentemente, o objetivo de assustar, apenas.
 
O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) Wadih Damous afirmou, na tarde desta quinta-feira, que acredita que a colocação de uma bomba de festim na sede da entidade pode ter relação com militares envolvidos na morte da secretária da OAB, Lyda Monteiro, em agosto de 1980. Damous presidirá, a partir da próxima segunda-feira, a Comissão da Verdade do estado do Rio, que irá analisar crimes cometidos durante a ditadura militar. Ele considerou o caso de hoje como provocação e disse que o atentado de 1980 será um dos primeiros a serem investigados pela nova comissão.
 
 
Wadih Damous afirmou ter recebido informações do Disque-Denúncia (2253-1177) sobre os supostos artefatos que teriam sido colocados no edifício por um militar da reserva, em represália à sua posse. A pessoa que jogou a bomba ainda não foi identificada.
 
A Central de Atendimento da OAB recebeu uma ligação do Corpo de Bombeiros, por volta das 15h30m, alertando sobre a ameaça de explosão de três bombas no prédio. Segundo informaram, foi feita uma ligação para a corporação a fim de confirmar a origem do telefonema. Quando o esvaziamento do prédio já tinha sido ordenado, ouviu-se o barulho da explosão do ‘cabeção-de-nego’ no oitavo andar. A evacuação do edifício tranquila e os bombeiros teriam agido rapidamente.
 
 
Um trecho da Avenida Marechal Câmara foi interditado parcialmente, após acesso pela General Justo, no Centro. O trânsito é intenso no local.

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