Agora o estudo se concentra no tema Remédios, na área da farmacologia, fechando um ciclo de três módulos em cada comunidade
O intuito, nessa etapa, é fazer com que o estudante perceba melhor o uso de medicamentos sintéticos e os naturais, comparando os prós e os contras (Foto: Divulgação)
O projeto de solidariedade internacional, Imagine, que teve início há quase três anos no Estado através de pesquisadores vinculados à Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), tem continuidade na localidade de Coxilha Rica este ano. Entre os cinco países de abrangência do projeto, a cidade de Lages, no Brasil, foi escolhida por ter como foco a realidade da educação do campo, sendo a Escola Itinerante selecionada para fazer parte. A secretária de Educação, Marimilia Coelho, e a diretora de ensino, MarilzaGobetti, passaram o diade segunda-feira (29) na comunidade acompanhando a execução do terceiro módulo.
O primeiro módulo aplicado em 2013 teve como tema “DNA, diversidade e hereditariedade” e foi desenvolvido aproveitando a realidade local da Coxilha, como a fauna, a flora e as pessoas que ali vivem. Para isso, a equipe do Imagine ficou durante uma semana na Escola Itinerante, onde montaram um verdadeiro laboratório de biologia à disposição dos alunos. Foram feitas coletas de material da região que os estudantes analisaram sob diversos pontos de vista e fizeram testes e simulações.
Em 2014 foi desenvolvido o módulo “Energia”. Agora, o terceiro, já em andamento, é sobre “Remédios – como se sabe que fazem bem”, na área da farmacologia, fechando um ciclo de três módulos em cada comunidade. Após o término do trabalho a equipe se deslocará para Rancho de Tábuas onde iniciará um novo ciclo, recebendo o primeiro módulo “DNA”.
Riqueza da região atrai pesquisadores
Para a secretária Marimilia Coelho, o projeto instiga a curiosidade e contribui de forma significativa para aprendizagem dos alunos. “A relação entre teoria e prática oportuniza, além do conhecimento, a transformação do cidadão”, diz. Já para a diretora de ensino,MarilzaGobetti, o projeto incute nos alunos o desejo de aprender, despertando a curiosidade. “Além disso, torna-os mais críticos, contribuindo com mais eficiência para a aprendizagem”, acrescenta.
Um dos pesquisadores, o professor Rogério Tonussi, afirma que a região da Coxilha tem uma riqueza muito grande de plantas com uso medicinal e provavelmente os alunos já conheçam grande parte. “Nosso intuito é fazer com que o estudante perceba melhor o uso de medicamentos sintéticos e os naturais, comparando os prós e os contras. Essas discussões sobre a educação farmacológica é fundamental entre os estudantes. A juventude precisa refletir sobre algo tão cotidiano e que cuidados precisam ter, mesmo com os remédios naturais, que podem ter tantos riscos quanto os comprados em farmácia”, diz.
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