sexta-feira, 22 de abril de 2016

Esporte das alturas leva emoção à Aldeia Amazônica no feriado prolongado

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 22/04/2016 11:40

  • / HIGLINE / 22/04/2016 11:40

    Praticantes de highline foram de uma ponta a outra sobre uma faixa esticada na Aldeia Amazônia.


Com a intenção de difundir a cultura do highline, esporte de equilíbrio nas alturas, o atleta paraense e professor de educação física Feliciano Marques, idealizador do Encontro de Highline Urbano, reuniu nesta quinta-feira, 21, na Aldeia Amazônica, praticantes do slackline interessados em se habilitar a prática do highline através de oficinas de montagem de via e medidas de segurança. A Prefeitura de Belém, por meio do Núcleo de Esportes Radicais da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel), é parceira do evento e cedeu o espaço aos skatistas e patinadores da cidade.
O highline é um esporte em que seus praticantes precisam se equilibrar sobre uma fita, ancorada pelas pontas, a dezenas de metros do chão. Já o slackline é um esporte de equilíbrio sobre uma fita elástica esticada entre dois pontos fixos, o que permite ao praticante andar e fazer manobras por cima.
Trata-se de um esporte cuja prática vem crescendo. O evento continua nesta sexta-feira, 22, com mais capacitação e com a apresentação da artista circense argentina Vírginia Abasto, com o espetáculo de tecido acrobático. E, paralelamente, com a pista livre para skatistas e patinadores.
Apoio - "A Prefeitura, por meio do Núcleo de Esportes Radicais da Sejel, está cada vez mais buscando proporcionar espaço para a prática de esportes radicais. E hoje o Encontro de Highline faz história como primeiro evento dessa modalidade no Pará. A ideia é oferecer outras atividades como essa e fazer da Aldeia Amazônica um ponto de referência para a prática de outros esportes radicais, incluindo oficinas de capacitação", diz Dudu Sardo Mendes, coordenador do Núcleo de Esportes Radicais, da Sejel.
“Como atleta quero semear a cultura do highline em Belém, para que praticantes do slackline possam estar habilitados a entrar na via do highline em altura, de forma segura, ensinando os tipos de montagem de via, quais os equipamentos e técnicas de segurança, como por exemplo o nó oito e a técnica de retomada, que é quando o atleta cai e precisa escalar a corda para retornar a via. Além de algumas manobras, como o drop keen, que é a manobra para ficar em pé na via. O highline geralmente é feito em montanhas, mas aqui estamos aproveitando uma estrutura urbana", explica Feliciano.
O encontro contou com a participação de 30 praticantes de slackline, entre eles cinco mulheres, cuja participação vem crescendo no esporte. Para a jovem Natânia Santos, de 22 anos, de Capitão Poço, que pratica há mais de um ano o slackline, a maior dificuldade é controlar o medo. "O slackline é uma modalidade mais fácil, a fita é mais curta e baixa, nela eu faço manobras estáticas. Mas quando você sobe na fita do longline, que é mais difícil, alta e bamba, você fica com medo de cair. O highline, além de ser nas alturas, com uma distância maior, exige um pouco mais de força e técnica. Então, são várias coisas que você tem que vencer, para manter o foco e o equilíbrio. Mas vou tentar", diz Natânia.
No evento foram montadas três vias, de 15, 33 e 70 metros de distância, liberadas depois das oficinas para os participantes praticarem a travessia. Atletas profissionais convidados também se apresentaram, entre eles Jessica Nogueira, Felipe Botelho, Rafael Cei, Daniel Dalzy, Adriano Paranhos e Alexander Araújo, que compartilharam suas experiências no esporte. "Eu pratico o trickline, modalidade que executa manobras aéreas e estáticas sobre a fita. É uma outra vertente do slackline. E o highline me fascina porque exige um domínio físico e mental, você passa a se conhecer mais", explica o amapaense Alexander.
"Costumo dizer que o highline é uma terapia radical, um esporte que além de exigir preparo físico é muito emocional. Você precisa ter um controle emocional. É uma terapia, um yoga, acaba virando uma filosofia de vida", afirma Feliciano.
Texto: Tabita Oliveira
Foto: Uchôa Silva/Comus
Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (SEJEL)

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