domingo, 24 de abril de 2016

FIT Pantanal discute desafios do turismo de pesca

    MTur incentiva serviços turísticos a se formalizarem no Cadastur com o intuito de organizar o segmento
    • Publicado: Sexta, 22 de Abril de 2016, 18h33
    • Última atualização em Sexta, 22 de Abril de 2016, 18h39

    Por Carolina Valadares
    Pesca Esportiva no Tocantins. Crédito: Perlane Loiola / Governo do Tocantins
    A profissionalização e a organização do setor do Turismo de Pesca estão entre os desafios do segmento na atualidade. O tema está sendo discutido nesta sexta-feira (22), durante Feira Internacional de Turismo do Pantanal (FIT Pantanal), evento realizado em Cuiabá, que tem como objetivo promover os destinos do Mato Grosso para visitantes brasileiros e estrangeiros.
    O turismo de pesca movimenta a economia do país, somente em 2015 foram realizados cerca de 150 torneios de pesca esportiva, mas ainda é preciso avançar. Um dos membros do Comitê de Pesca do Governo Federal, Kelven Lopes, que participa do evento avalia que o Brasil chega a perder, em média, de 100 a 120 mil turistas por ano para a Argentina.
    Com o objetivo de organizar mais o setor, o Ministério do Turismo está incentivando os meios de hospedagem e serviços turísticos a se formalizarem no Cadastur. “A formalização é importante para que o turista não fique inseguro na hora de contratar um serviço turístico”, explica Brenno de Paula, coordenador da Secretaria Executiva do Ministério do Turismo.
    Uma pesquisa realizada, durante o primeiro Torneio Nacional de Pesca Esportiva em Niquelândia (GO), em 2013, mostrou que os participantes gastam em média R$ 4.500 por evento e permanecem cerca de Quatro dias fora de casa. Para hospedar-se, 45% procuram pousadas no local do evento. Mais de 90% dos pescadores são do sexo masculino.
    Os gastos desses pescadores distribuem-se da seguinte forma: 27% com alimentação, 27% com combustível da embarcação, 21% com combustível rodoviário, 18% com estadia hospedagem e 4% com transporte aéreo.
    Anualmente, o Ministério da Pesca e Aquicultura expede cerca de 382 mil licenças para pesca amadora. São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são os estados com maior número de licenciados.
    O Comitê de Turismo de Pesca é formado pelos Ministério do Turismo, Ministério do Esporte e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
    NO RIO OU NO MAR - Para praticar a pesca, o Brasil tem disponível um litoral de mais de 8 mil quilômetros de extensão e mais de 12% de toda a água doce do mundo. Ao todo, são mais de 4 mil espécies de peixe no país. A pesca oceânica é praticada principalmente da Bahia até Santa Catarina e entre os peixes comuns no litoral brasileiro estão o marlin, o xaréu e o espadarte. Em rios, a pesca esportiva pode ser praticada nos 35 mil quilômetros de cursos navegáveis e nos 9 mil quilômetros de margens de reservatórios. Entre os peixes típicos de rios brasileiros estão o tucunaré, o pacu e o dourado.
    Em maio de 2015, foi firmado um acordo de cooperação entre o Ministério do Turismo e o Ministério da Pesca para fortalecer o segmento de turismo de pesca, identificar destinos e roteiros turísticos relacionadas ao segmento e avaliar conflitos decorrentes da pesca profissional e amadora. O acordo prevê, ainda, a produção de um mapeamento do perfil dos turistas nacionais e estrangeiros que viajam motivados pela pesca.

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