Posted: 03 Jun 2016 02:23 PM PDT
Em entrevista concedida ao canal de televisão SBT na noite de quinta-feira (2), o presidente interino Michel Temerreafirmou que, na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que o governo está enviando ao Congresso Nacional para limitar os gastos públicos, as despesas com Saúde e educação continuarão nos atuais patamares.
“Acho importante porque Saúde e Educação são pontos fundamentais, são 31% das despesas. Você tem 69% que pode ser modificado, pode ser restringido. Mas Saúde e Educação são importantes para o País. E, com isso, também eu tiro um discurso que equivocadamente se fez de que, na verdade, a minha intenção era reduzir o tratamento da Saúde e da Educação”, declarou.
A PEC faz parte de um pacote de medidas do novo governo para retomar o crescimento econômico do País, que conta ainda com uma reforma da Previdência, incentivos a investimentos e melhoria na governança de fundos de pensão das estatais, entre outras. O esforço, diz Temer, é para, no final do seu governo, entregar um País equilibrado na política e na economia.
“Um País nos trilhos, em que as pessoas possam dizer ‘agora vai’. Eu quero significar que uma coisa que nós temos de fazer neste momento é ter esperança, fazer renascer a confiança”.
O presidente falou sobre outras medidas que o governo vai tomar para movimentar a economia. Citou a necessidade de se criar incentivo para os investimentos privados, atuando assim para a redução do desemprego. E exemplificou com a contribuição que o programa Minha Casa Minha Vida pode trazer. “Reabrir realmente a construção civil pode dar muitos empregos e isso movimenta a economia. São medidas pontuais, mas que têm uma boa repercussão e uma boa compreensão popular”.
Previdência
Para Temer, uma reforma na Previdência é fundamental para dar segurança aos trabalhadores e saúde financeira ao governo.“Eu concordo com a seguinte ideia: ou você reformula a Previdência no País ou, daqui a alguns anos, mesmo os pensionistas, aqueles que recebem da Previdência Social, terão dificuldades. Isso é em benefício do próprio cidadão que, no futuro, vai se aposentar”, explicou.
O presidente defende que seja estabelecida uma idade mínima, em equilíbrio com o tempo de contribuição, e que haja faixa de transição. “Nós não queremos prejudicar aqueles que já estão no mercado de trabalho. Eu vejo que o ministro [da Fazenda, Henrique] Meirelles fala muitas vezes em regras de transição. Se for necessário, nós estipularemos regras de transição”.
Reajuste aos servidores
Respondendo sobre a aprovação, na madrugada da quinta-feira (2) na Câmara, de um conjunto de projetos que tratam do reajuste aos servidores nos três poderes, Temer destacou que a medida, de um lado, pacifica a relação do governo com as várias categorias de servidores durante os próximos anos. “É um aumento desejado há muito tempo”, lembrou.
E por outro lado contribui para o ajuste fiscal, necessário para a retomada do crescimento econômico, visto que os percentuais de correção estão adequados à nova regra de limitação dos gastos públicos proposta pelo governo. “É um aumento discreto, que quase não cobre a inflação. Está previsto no Orçamento, não há imprevisão orçamentária. E não vai causar nenhum distúrbio nem neste ano, nem nos próximos anos”.
Confira a galeria de fotos dos bastidores da entrevista. |
Posted: 03 Jun 2016 11:54 AM PDT
O presidente interino Michel Temer afirmou, em entrevista concedida ao canal de televisão SBT nessa quinta-feira (2), que a harmonia entre os poderes Executivo e Legislativo permite que o novo governo tenha notícias boas para a recuperação econômica do País. Temer se referiu, principalmente, à aprovação no Congresso Nacional de medidas estratégicas, como a ampliação da meta fiscal e da lei de Desvinculação de Receitas da União (DRU).
Sobre a ampliação do déficit fiscal para R$ 170,5 bilhões, Temer agradeceu novamente ao Congresso e disse que a nova meta vai contribuir para o trabalho da equipe econômica do governo. “Graças a Deus, nós conseguimos no Congresso Nacional a aprovação da ampliação dessa meta [fiscal] a fim de que não cometêssemos irregularidades de natureza orçamentária”.
Segundo Temer, “pelo momento que nós estamos vivendo, acho que conseguimos fazer uma conexão muito saudável com o Poder Legislativo. Portanto, nós temos uma base de apoio hoje muito significativa. Eu espero que ela se mantenha”.
O presidente disse ainda que o Congresso Nacional é capaz de compreender as dificuldades pelas quais passa o Brasil. “Este momento é, talvez, oportuno para fazer as reformas fundamentais para o Estado brasileiro”.
Impeachment
Sobre o processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff em trâmite no Senado Federal, Temer disse que não se dedica ao assunto e que recebe senadores para tratar de “pleitos e postulações que eles têm junto ao governo”.
“Com relação ao Senado, eu vou fazer tal e qual eu fiz no episódio da Câmara. Eu não entusiasmei ninguém a votar numa ou noutra direção. Até porque seria ofensivo, seja aos deputados, seja aos senadores, tentar evidenciar que eles precisam ser influenciados para tomar uma posição em relação ao País”.
Confira a galeria de fotos dos bastidores da entrevista. |
sexta-feira, 3 de junho de 2016
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