Orlando Silva diz que deixa ministério para 'salvar sua honra'
O ministro Orlando Silva (Esporte) anunciou seu afastamento do governo logo após um encontro com a presidente Dilma Rousseff, no início da noite desta quarta-feira (26).
Segundo ele, a saída foi uma medida para "salvar sua honra". "Eu decidi sair do governo para que possa defender a minha honra, o trabalho no Ministério do Esporte, o governo que eu acredito e defender o meu partido", disse durante entrevista coletiva na saída do encontro.
O PC do B não anunciou um novo nome e disse que a escolha cabe à presidente. O Planalto informou que a exoneração de Orlando será publicada amanhã no "Diário Oficial da União", e que o secretário-executivo, Waldemar Manoel Silva de Souza, ocupará interinamente o cargo.
Orlando Silva durante o anúncio de sua saída do Ministério do Esporte em coletiva no Palácio do Planalto |
Acompanhado do presidente do PC do B, Renato Rabelo, Orlando concedeu uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Chegou ao local sorrindo e brincando com os jornalistas, avisando que teria de "seria breve" porque hoje é o aniversário da sua mãe. Se ofereceu, inclusive, para arrumar os gravadores e microfones dos repórteres.
Ele afirmou que repetiu para a presidente as conquistas da sua gestão na pasta e que, em um segundo momento da reunião, disse que deixava a pasta porque ele e seu partido não podiam "ser instrumento" para ataques ao governo.
"Nosso partido não pode ser instrumento de nenhum tipo de ataque ao governo. A melhor solução seria eu me afastar do governo. Essa foi uma decisão consciente que eu tomei, e a presidente me apoiou", disse Orlando, que admitiu que a situação na pasta gerou uma "crise política".
O ministro chamou o policial João Dias Ferreira e o motorista Célio Pereira de criminosos, e afirmou que eles "fugiram do Congresso Nacional porque não tinham provas". Os dois haviam sido convidados para prestarem depoimento em uma comissão da Câmara, hoje.
"Hoje completam 12 dias em que eu sofri um ataque baixo, uma agressão vil, baseada em mentiras. E há 12 dias nenhuma prova surgiu ou surgirá."
Orlando Silva também negou que um esquema de desvio de recursos públicos envolvendo ONGs ligadas ao PC do B tenha se enraizado na pasta. Disse que os convênios suspeitos foram e estão sendo investigados.
"Nosso compromisso ético é o do nosso trabalho", disse.
Orlando deixou o local mais cedo, enquanto Rabelo respondia perguntas da imprensa. O presidente do PC do B defendeu novamente o ministro demissionário e disse que cabe à presidente escolher o substituto.
Rabelo não quis responder se houve discussão de um novo nome ou se o partido indicou substitutos. Apenas afirmou que o PC do B "não é um partido conjuntural, que está no governo simplesmente porque caiu de paraquedas".
INTERINO
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) afirmou que, ao menos por enquanto, o ministério deve ser comandado por um interino. Waldemar Manoel Silva de Souza é quem fica interinamente no cargo.
Carvalho não revelou quem são os possíveis substitutos de Orlando, mas disse que o ministério deve continuar sob o comando do PC do B.
Ainda de acordo com Carvalho, nas reuniões que o governo teve com o presidente do PC do B ontem à noite e com o próprio ministro Orlando Silva, hoje, pela manhã, não se chegou a um acordo sobre o nome do substituto. Como não houve uma definição sobre o nome, a presidente poderá nomear o secretário executivo como interino para poder decidir com calma. "Pode haver situação de interinidade. É o mais provável", disse o ministro.
Pouco depois do início do evento de posse de Ana Arraes como ministra do TCU (Tribunal de Contas da União) nesta quarta-feira, as deputadas do PC do B Perpétua Almeida (AC) e Luciana Santos (PE) deixaram o evento rumo a um encontro com a cúpula do partido.
Luciana está entre os nomes cotados para assumir a pasta --era a escolha de Dilma em dezembro para o ministério.
Também são cotados para o cargo o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP) e o presidente da Embratur, Flávio Dino (PC do B-MA).
ENTENDA O CASO
Orlando é suspeito de participação num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que dá verba a ONGs para incentivar jovens a praticar esportes. A acusação foi feita à revista "Veja" pelo policial militar João Dias Ferreira.
Após pedido feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na semana passada, o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu um inquérito para investigar o caso.
Na avaliação do Planalto, a decisão do STF agravou a situação do ministro. " O PC do B disse que respeita a decisão da presidente. Sabe que a decisão é da presidente, e o ministro Orlando Silva foi de uma maturidade política muito grande."
Ferreira e seu motorista disseram em entrevista à revista que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministério.
Segundo o ministro, que tem desqualificado o policial militar em entrevistas e nas oportunidades que falou do assunto, disse que as acusações podem ser uma reação ao pedido que fez para que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue os convênios do ministério com a ONG que pertence ao autor das denúncias.
Em nota, o Ministério do Esporte disse que Ferreira firmou dois convênios com a pasta, em 2005 e 2006, que não foram executados. O ministério pede a devolução de R$ 3,16 milhões dos convênios.
De acordo com o ministro, desde que o TCU foi acionado, integrantes de sua equipe vêm recebendo ameaças.
Com a marca de 6, 94 m --igual a sua melhor do ano--, a brasileira superou a norte-americana Shameka Marshall, prata (6,73 m), e a colombiana Catherine Ibarguen (6,63 m).
Outra brasileira na prova, a pernambucana Keila Costa terminou em 5ª (6,37 m).
Maurren agora é tricampeã pan-americana e a atual campeã olímpica (Pequim-2008). A brasileira também ganhou prata nos 100 m com barreiras no Pan de Winnipeg-1999.
A cerimônia de abertura contou com a participação da
Maurren ganha seu 3º ouro no salto em distância em Pans
Após conquistar o ouro em Winnipeg-1999 e no Rio-2007, a atleta paulista Maurren Higa Maggi garantiu mais uma medalha dourada no salto em distância em Pans.
Com a marca de 6, 94 m --igual a sua melhor do ano--, a brasileira superou a norte-americana Shameka Marshall, prata (6,73 m), e a colombiana Catherine Ibarguen (6,63 m).
Outra brasileira na prova, a pernambucana Keila Costa terminou em 5ª (6,37 m).
Maurren agora é tricampeã pan-americana e a atual campeã olímpica (Pequim-2008). A brasileira também ganhou prata nos 100 m com barreiras no Pan de Winnipeg-1999.
Dennis Grombkowski/France Presse | ||
Maurren carrega a bandeira brasileira após conquistar o ouro em Guadalajara. Veja mais imagens de medalhistas |
Valorização da Educação é discutida na abertura do Fórum Municipal
Foto: Luiz Bispo
A cerimônia de abertura contou com a participação da
vice-prefeita Marilena Garcia, do Secretário de Educação,
Guto Garcia, além a coordenadora do Fórum Permanente, Julia Abreu
Teve início nesta quarta-feira (26), pela manhã, no auditório da Cidade Universitária, o Fórum municipal de Educação. A programação se estende até esta quinta-feira (27), com palestras, mesas redondas e grupos de trabalhos. A cerimônia de abertura contou com a participação da vice-prefeita Marilena Garcia, do Secretário de Educação, Guto Garcia, além a coordenadora do Fórum Permanente, Julia Abreu.
A abertura foi marcada por falas que ressaltaram a valorização da Educação no município. O Secretário de Educação, Guto Garcia, que também é professor, enfatizou todas as medidas que têm sido tomadas para a valorização da Educação no município.
“Quando assumi a secretaria tive como foco a valorização do professor. Para isso, na minha primeira semana, montei a coordenação do Plano de Cargos Carreiras e Vencimentos (PCCV) e coloquei a frente um dos professores mais respeitados de Macaé, que é o professor José Augusto. A partir daí iniciamos os trabalhos de revisão do plano. Realizamos as discussões nas escolas, que elegeram representantes para as discussões de pólo. Além disso, também ouvimos os funcionários da Secretaria sobre o assunto, e dos documentos gerados, formulamos um único que foi discutido pela comissão do PCCV”, disse.
O secretário ressaltou ainda que, no próximo ano, será a vez do aluno ser valorizado. “Vamos aumentar o numero de horas que o aluno passa na escola de quatro para cinco horas. Do 1º ao 5º ano vamos aumentar a carga horária para cinco horas de aula todos os dias, já que nas quatro horas atuais, descontando-se o tempo recreio, os minutos da entrada e da saída, a criança fica aproximadamente três horas na escola. Com isso, vamos incluir a Educação Física e Artes/Música na grade curricular. No 1º ano, nossa intenção é colocar um professor de leitura e escrita para melhorar o desempenho dos alunos. E do 2º ao 5º ano um professor de Inglês. Trata-se de uma mudança que, inicialmente faremos em algumas escolas piloto”.
Por ser Macaé uma cidade em que o mercado de trabalho exige o conhecimento de outros idiomas além do inglês, um dos principais projetos pedagógicos para alunos do 6º ao 9º ano de escolaridade é a implantação das aulas de Língua Espanhola na grade curricular. Os estudantes destas séries também passarão a ficar mais tempo em sala de aula:
- Vamos inserir o espanhol do 6º ao 9º ano de maneira gradativa, iniciando-se pelo 6º ano, depois 6º e 7º, até que esteja implantado do 6º ao 9º ano. Além disso, outro objetivo no 6º ao 9º ano é aumentar a carga horária para cinco horas. Algumas escolas participarão ainda do projeto piloto de carga horária de seis horas diárias. Todas as matérias que possuem dois tempos passarão a ter três para aumentar a permanência do aluno na escola. Ainda vamos criar uma disciplina de aprofundamento para aqueles alunos que estão com dificuldades, já que do 6º ao 9º ano o índice de reprovação é maior.
Professoras são homenageadas – Durante a abertura foi realizada uma homenagem às professoras Ana Maria Rosa, que teve papel fundamental na criação da rede municipal de ensino, e a professora Neuza Bahú, por sua contribuição na educação de Macaé, através do compartilhamento de conhecimentos com os professores da cidade.
- Foi na educação que passei toda a minha vida, e agradeço a lembrança. Se fiz algo em prol da educação foi trabalhando com os professores. Em 85, quando entrei na rede estadual, tomei um susto com a quantidade de crianças que estava há quatro anos na segunda série sem saber ler. Ainda hoje, minha preocupação são as séries iniciais - disse, agradecendo.
Em seguida, iniciou a palestra da professora Larissa Frossar, com o tema “Qualidade da educação: avaliação, indicadores e metas”. A programação seguiu com a palestra “Educação pública com qualidade social”, da PhD em Educação, Ana Canen, e mesas redondas com os temas: “Qualidade no desenvolvimento de processos educacionais e oportunidade de aprendizagem (Francisco Carlos Gomes); “Políticas de Formação continuada” (Cynthia Freire) e “Função social da escola na diversidade” (Ana Canen).
No dia 27, o Fórum continua, a partir das 8h30, com a divisão dos participantes nos eixos temáticos: “Qualidade dos processos educacionais e oportunidade de aprendizagem”; “Políticas de Formação Continuada” e “Função Social da Escola na diversidade”. Após a pausa do almoço, às 13h45, será realizada a apresentação das proposições de grupo.
Teve início nesta quarta-feira (26), pela manhã, no auditório da Cidade Universitária, o Fórum municipal de Educação. A programação se estende até esta quinta-feira (27), com palestras, mesas redondas e grupos de trabalhos. A cerimônia de abertura contou com a participação da vice-prefeita Marilena Garcia, do Secretário de Educação, Guto Garcia, além a coordenadora do Fórum Permanente, Julia Abreu.
A abertura foi marcada por falas que ressaltaram a valorização da Educação no município. O Secretário de Educação, Guto Garcia, que também é professor, enfatizou todas as medidas que têm sido tomadas para a valorização da Educação no município.
“Quando assumi a secretaria tive como foco a valorização do professor. Para isso, na minha primeira semana, montei a coordenação do Plano de Cargos Carreiras e Vencimentos (PCCV) e coloquei a frente um dos professores mais respeitados de Macaé, que é o professor José Augusto. A partir daí iniciamos os trabalhos de revisão do plano. Realizamos as discussões nas escolas, que elegeram representantes para as discussões de pólo. Além disso, também ouvimos os funcionários da Secretaria sobre o assunto, e dos documentos gerados, formulamos um único que foi discutido pela comissão do PCCV”, disse.
O secretário ressaltou ainda que, no próximo ano, será a vez do aluno ser valorizado. “Vamos aumentar o numero de horas que o aluno passa na escola de quatro para cinco horas. Do 1º ao 5º ano vamos aumentar a carga horária para cinco horas de aula todos os dias, já que nas quatro horas atuais, descontando-se o tempo recreio, os minutos da entrada e da saída, a criança fica aproximadamente três horas na escola. Com isso, vamos incluir a Educação Física e Artes/Música na grade curricular. No 1º ano, nossa intenção é colocar um professor de leitura e escrita para melhorar o desempenho dos alunos. E do 2º ao 5º ano um professor de Inglês. Trata-se de uma mudança que, inicialmente faremos em algumas escolas piloto”.
Por ser Macaé uma cidade em que o mercado de trabalho exige o conhecimento de outros idiomas além do inglês, um dos principais projetos pedagógicos para alunos do 6º ao 9º ano de escolaridade é a implantação das aulas de Língua Espanhola na grade curricular. Os estudantes destas séries também passarão a ficar mais tempo em sala de aula:
- Vamos inserir o espanhol do 6º ao 9º ano de maneira gradativa, iniciando-se pelo 6º ano, depois 6º e 7º, até que esteja implantado do 6º ao 9º ano. Além disso, outro objetivo no 6º ao 9º ano é aumentar a carga horária para cinco horas. Algumas escolas participarão ainda do projeto piloto de carga horária de seis horas diárias. Todas as matérias que possuem dois tempos passarão a ter três para aumentar a permanência do aluno na escola. Ainda vamos criar uma disciplina de aprofundamento para aqueles alunos que estão com dificuldades, já que do 6º ao 9º ano o índice de reprovação é maior.
Professoras são homenageadas – Durante a abertura foi realizada uma homenagem às professoras Ana Maria Rosa, que teve papel fundamental na criação da rede municipal de ensino, e a professora Neuza Bahú, por sua contribuição na educação de Macaé, através do compartilhamento de conhecimentos com os professores da cidade.
- Foi na educação que passei toda a minha vida, e agradeço a lembrança. Se fiz algo em prol da educação foi trabalhando com os professores. Em 85, quando entrei na rede estadual, tomei um susto com a quantidade de crianças que estava há quatro anos na segunda série sem saber ler. Ainda hoje, minha preocupação são as séries iniciais - disse, agradecendo.
Em seguida, iniciou a palestra da professora Larissa Frossar, com o tema “Qualidade da educação: avaliação, indicadores e metas”. A programação seguiu com a palestra “Educação pública com qualidade social”, da PhD em Educação, Ana Canen, e mesas redondas com os temas: “Qualidade no desenvolvimento de processos educacionais e oportunidade de aprendizagem (Francisco Carlos Gomes); “Políticas de Formação continuada” (Cynthia Freire) e “Função social da escola na diversidade” (Ana Canen).
No dia 27, o Fórum continua, a partir das 8h30, com a divisão dos participantes nos eixos temáticos: “Qualidade dos processos educacionais e oportunidade de aprendizagem”; “Políticas de Formação Continuada” e “Função Social da Escola na diversidade”. Após a pausa do almoço, às 13h45, será realizada a apresentação das proposições de grupo.
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