QUISSAMÃ:
Complexo em Barra do Furado recebe novo guindaste
O pier terá 350m de comprimento, sendo 200m na areia da praia e 150m no mar, e compõe a tecnologia australiana do sistema sand by pass. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Haroldo Cunha Carneiro, a construção do pier, com apoio do guindaste, representa um avanço maior na estruturação da obra. “A operação do Cantiteravell representa uma técnica que caminha sobre trilhos e coloca as estacas no mar com o máximo de segurança”, informou.
Caberá ao guindaste colocar cada uma das estacas, avançando para o mar até 150m, finalizando a implantação do pier que começou na praia. Esta fase das obras deve terminar em agosto próximo. Com a estrutura pronta, serão colocadas bombas, retirando areia de Barra do Furado e depositando no balneário de Campos dos Goytacazes. Esta instalação e o início do transpasse de sedimentos deverão durar cerca de oito meses.
Empreendimento — O by pass é um sistema importado da Austrália, usado pela primeira vez na América Latina. O processo representa uma dragagem do Canal das Flechas (entre os municípios de Quissamã e Campos dos Goytacazes), que vai permitir o tráfego de embarcações com profundidade de até 9m na embocadura e 7m no interior, para construção de navios de até 150m de comprimento.
O Complexo Logístico e Industrial Farol/Barra do Furado deverá gerar 3.500 empregos diretos e 9 mil indiretos, contribuindo para o desenvolvimento da região Norte Fluminense e avançando na construção da indústria naval, ao lado do superporto do Açu, no município de São João da Barra.
Anunciado início das obras da Usina Cana Brava
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Haroldo Carneiro, apresentou um histórico do ciclo da cana-de-açúcar em Quissamã, contextualizando também a sua produção no país. Destacou os ciclos da cana-de-açúcar; a cana no Norte Fluminense (séc. XVIII a XIX); falou sobre o 1º Engenho de Quissamã, situado na Fazenda Machadinha pelo Capitão Manoel Carneiro da Silva, em 1770; sobre o Engenho Central de Quissamã, o primeiro no Brasil, criado em 1877, pelo Barão de Monte Cedro.
Haroldo Carneiro falou ainda sobre o fechamento das usinas do Estado do Rio, entre 1980 a 2012; do aumento da produção de cana-de-açúcar no Brasil, neste mesmo período, passando de 200 para 600 milhões de reais por ano; e que, de 2000 a 2010, iniciou-se a abertura de cinco engenhos de açúcar mascavo e melado; e, em 2010, a instalação da Usina Cana Brava em Travessão, em Campos dos Goytacazes, sendo a primeira usina construída no Norte Fluminense noa últimos 50 anos.
“O prefeito Armando Carneiro entrou em contato com o proprietário da Usina Cana Brava, o empresário Ludovico Giannastácio, para que Quissamã possa desenvolver uma nova planta. Moderna e de acordo com novos padrões do século XXI, através da parceria da Cooperativa Mista, destacando a força de vontade do produtor rural e do presidente desta Cooperativa, João de Nilo, que sempre acreditou na retomada de uma usina de cana-de-açúcar aqui no município”, ressaltou o secretário.
Logo em seguida, o proprietário da Usina Cana Brava, Ludovico Giannastácio, anunciou o início das obras da nova usina em Quissamã, que conta com o apoio do Governo do Estado e de incentivos fiscais, que tornarão o projeto concreto e real. “A ideia é repetirmos aqui em Quissamã o que foi feito na Usina de Campos há quatro anos, ou seja, replicar este projeto, cujas obras já começam no segundo semestre deste ano”, afirmou.
Ludovico ressaltou que, para a Usina começar a funcionar como deve ser, precisa contar com a parceria de todos os produtores rurais do município e também com as parcerias agrícolas, para que os agricultores possam produzir o suficiente para atender às demandas da nova Usina. “Queremos, a partir de 2013, fomentar a produção de novas lavouras de cana-de-açúcar em Quissamã e fazer contratos com os produtores daqui. Atualmente temos 400 contratos lá na usina de Campos com pequenos, médios e grandes produtores rurais em nosso entorno. Já existe o dinheiro para a construção da obra e toda a situação burocrática para colocarmos a usina para funcionar, mas precisamos da parceria de vocês para tudo dar certo como planejamos”, disse.
Ao final de sua fala o empresário adiantou que, para 2014, possui um objetivo maior – colocar para funcionar ao todo quatro usinas no Norte Fluminense do Estado. “A de Campos está funcionando a todo vapor, vamos começar a construção da de Quissamã, a terceira já comprei e estou procurando um lugar para instalar a quarta usina. Já acertamos a compra da moenda da Cooperativa Mista daqui de Quissamã, temos um escritório aqui no município com técnicos agrícolas que estão à disposição de vocês a qualquer momento. Essa é apenas a primeira reunião entre muitas que ainda virão para que todos vocês fiquem informados do andamento das obras e de tudo que faz parte da Usina Cana Brava de Quissamã”, concluiu Ludovico.
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