Natalia Alloco, de 26 anos, veio da Argentina
para trabalhar no Brasil
para trabalhar no Brasil
Em clima de muita expectativa, os primeiros médicos vindos
do exterior e que farão a fase de avaliação e acolhimento do Programa “Mais
Médicos” no Rio de Janeiro chegaram à cidade nesta sexta-feira (23). Até o
próximo domingo, são esperados um total de 68 profissionais no Rio e 244 em todo o Brasil. Na
segunda-feira (26), todos eles começam a ser avaliados num curso de duração de três
semanas. Nessa primeira etapa, tomarão ciência do sistema público de saúde
brasileiro e terão seus conhecimentos na língua portuguesa testados.
Os médicos que chegaram ao Aeroporto Internacional Tom Jobim
foram recepcionados pelo secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da
Saúde, Carlos Galheda, que afirmou que a chegada dos profissionais é um marco
para o país.
Um dos médicos que chegou nesta primeira leva é o português João
Pinto, especialista em medicina geral familiar. Se passar na fase de avaliação
e acolhimento, Pinto irá trabalhar no município de Duque de Caxias, na Baixada
Fluminense. O profissional garante que não terá dificuldade, pois já teve contato
com a medicina brasileira. Quando ainda era estudante, ele estudou durante um
ano na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“O rio de Janeiro é uma nova experiência, um novo desafio
pessoal. Do ponto de vista curricular será muito bom”, destacou o médico
português.
Muitos dos profissionais que estão vindos do exterior são
brasileiros com formação em países estrangeiros. O goiano Róbson Carmo, que há
quase 20 anos mora em Portugal, deixou claro que está realizando um sonho.
“É um sonho pessoal que eu tinha. Me formei na Europa e
nunca tive a oportunidade de tratar algum brasileiro”, afirmou Carmo, que irá
para Sarandi, no Paraná.
“Hoje estamos vivendo um dia histórico no Brasil. Esse é o
primeiro contingente de médicos que irá suprir a lacuna de um país que tem 700
municípios sem sequer um médico. É o início de um processo que começa a igualar
os investimentos feitos em infraestrutura nos últimos anos, mas que dependia de
mais médicos”, afirmou o secretário aos jornalistas presentes em salão
reservado do aeroporto.
Gadelha deixou claro que “se nessas três semanas um médico
não tiver uma boa avaliação, ele deixará de integrar o ‘Mais Médicos’”. O
secretário reiterou, no entanto, que é grande a expectativa de uma alta taxa de
aprovação, “pois já foi feito uma grande análise dos currículos”.
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