sábado, 24 de agosto de 2013

Mais Médicos: profissionais que farão treinamento no Rio já estão na cidade





Natalia Alloco veio da Argentina (Foto: Luna D'alama/G1) 
Natalia Alloco, de 26 anos, veio da Argentina
para trabalhar no Brasil 


Em clima de muita expectativa, os primeiros médicos vindos do exterior e que farão a fase de avaliação e acolhimento do Programa “Mais Médicos” no Rio de Janeiro chegaram à cidade nesta sexta-feira (23). Até o próximo domingo, são esperados um total de 68 profissionais no Rio e 244 em todo o Brasil. Na segunda-feira (26), todos eles começam a ser avaliados num curso de duração de três semanas. Nessa primeira etapa, tomarão ciência do sistema público de saúde brasileiro e terão seus conhecimentos na língua portuguesa testados.

Os médicos que chegaram ao Aeroporto Internacional Tom Jobim foram recepcionados pelo secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Galheda, que afirmou que a chegada dos profissionais é um marco para o país.


Um dos médicos que chegou nesta primeira leva é o português João Pinto, especialista em medicina geral familiar. Se passar na fase de avaliação e acolhimento, Pinto irá trabalhar no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O profissional garante que não terá dificuldade, pois já teve contato com a medicina brasileira. Quando ainda era estudante, ele estudou durante um ano na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


“O rio de Janeiro é uma nova experiência, um novo desafio pessoal. Do ponto de vista curricular será muito bom”, destacou o médico português.


Muitos dos profissionais que estão vindos do exterior são brasileiros com formação em países estrangeiros. O goiano Róbson Carmo, que há quase 20 anos mora em Portugal, deixou claro que está realizando um sonho.

“É um sonho pessoal que eu tinha. Me formei na Europa e nunca tive a oportunidade de tratar algum brasileiro”, afirmou Carmo, que irá para Sarandi, no Paraná.
“Hoje estamos vivendo um dia histórico no Brasil. Esse é o primeiro contingente de médicos que irá suprir a lacuna de um país que tem 700 municípios sem sequer um médico. É o início de um processo que começa a igualar os investimentos feitos em infraestrutura nos últimos anos, mas que dependia de mais médicos”, afirmou o secretário aos jornalistas presentes em salão reservado do aeroporto.
Gadelha deixou claro que “se nessas três semanas um médico não tiver uma boa avaliação, ele deixará de integrar o ‘Mais Médicos’”. O secretário reiterou, no entanto, que é grande a expectativa de uma alta taxa de aprovação, “pois já foi feito uma grande análise dos currículos”.

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