ESPORTE
Infraestrutura dos Jogos Rio 2016 deixará legado para o esporte nacional
Olimpíada
Investimentos superiores a R$ 4 bilhões beneficiarão todas as regiões do País
Publicado: 27/04/2016 11h14Última modificação: 27/04/2016 13h50
Os Jogos Olímpicos serão no Rio de Janeiro, mas a perspectiva de investimentos em infraestrutura esportiva do governo federal tem abrangência nacional. Os investimentos, superiores a R$ 4 bilhões, têm proporcionado a construção e a consolidação de uma Rede Nacional de Treinamento, com unidades que beneficiarão brasileiros em todas as regiões, contribuindo para a formação de novas gerações de atletas.
Somente o investimento em infraestrutura física ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões. São recursos destinados à construção de centros de treinamento de diversas modalidades, 249 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), 47 pistas oficias de atletismo e instalações olímpicas no Rio de Janeiro (RJ).
Durante a realização dos Jogos, a delegação brasileira e as equipes estrangeiras terão instalações esportivas modernas para os períodos de treinamento. O Ministério do Esporte está investindo R$ 207,5 milhões em construção, reformas e adaptações em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ. Após 2016, essas instalações, que atenderão a diversas modalidades olímpicas e paralímpicas, serão incorporadas à Rede Nacional de Treinamento.
Os investimentos em unidades militares estão sendo feitos no Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), na Escola Naval, na Universidade da Força Aérea (Unifa), no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e no Clube da Aeronáutica (Caer).
O objetivo da Rede é interligar as instalações esportivas e oferecer espaço para detecção de talentos, formação de categorias de base e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas. Também pretende aprimorar e permitir o intercâmbio entre técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte.
Variedade e excelência
Para a construção dos centros de treinamento (CTs), o Ministério do Esporte está investindo mais de R$ 450 milhões. Entre os CTs já entregues estão o Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA); a Arena Caixa de Atletismo, em São Bernardo do Campo (SP); o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, em Brasília (DF); a pista do Velódromo de Indaiatuba (SP); e o Centro de Canoagem, em Foz do Iguaçu (PR). O Centro Pan-Americano de Judô é o maior centro de treinamento da modalidade das Américas e um dos maiores do mundo. O Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, em Brasília (DF), é o mais moderno do País
Fazem parte dessa rede, ainda, o Centro Paralímpico Brasileiro, que comportará 15 modalidades, em São Paulo (SP); o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, para 26 modalidades, em Fortaleza (CE); o Centro de Desenvolvimento do Handebol, a ser inaugurado em São Bernardo do Campo (SP); o Centro de Treinamento do Ciclismo, em Londrina (PR), as seis pistas de BMX, em fase de construção, em seis cidades; o Centro de Hipismo, em obras, na cidade de Barretos (SP); o Complexo Esportivo de Badminton, em obras em Teresina (PI); e o Centro Nacional de Treinamento do Atletismo, em construção em Cascavel (PR).
Equipamentos e pistas
O Ministério do Esporte está destinando R$ 301,8 milhões para construção de 47 pistas oficiais de atletismo. Já foram entregues 17 pistas, instaladas em todas as regiões do País. A reforma, a construção, a equipagem e a operação de pistas oficiais de atletismo no País resultam da parceria do Ministério com governos estaduais, prefeituras, universidades, Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e clubes. As pistas são legado dos Jogos Rio 2016 e integrarão a Rede Nacional de Treinamento de Atletismo que vai desenvolver a modalidade, interligar centros de treinamentos e capacitar recursos humanos.
Os investimentos em infraestrutura esportiva no País também contemplam a aquisição de aparelhos e materiais para diversas modalidades. A compra é resultado de convênios da pasta com entidades esportivas como Confederações, Federações e clubes. Com os novos e modernos equipamentos, criam-se núcleos de formação de base nos Estados, onde os jovens convivem e treinam com os atletas das seleções.
Com a compra de equipamentos, foram beneficiados centros de treinamentos já existentes em diversas cidades, como o de Lutas Associadas, do Taekwondo e da Esgrima, todos no Rio de Janeiro (RJ), e do Tiro com Arco, em Maricá (RJ). Somam-se a eles 16 centros de treinamento de ginástica em 13 cidades, entre elas, o Centro de Excelência de Ginástica (Curitiba/PR), o Centro Regional de Ginástica do Distrito Federal, o Centro de Treinamento de Ginástica (Porto Alegre/RS), o Centro Olímpico do Espírito Santo (Vitória/ES), o Centro Nacional de Treinamento de Ginástica Rítmica (Aracaju/SE) e o Centro Regional de Ginástica de Trampolim (Goiânia/GO). Também foram equipados seis centros de treinamento de Tênis de Mesa olímpico e paralímpico, em seis cidades (Brasília, Piracicaba, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, São Paulo e Santos) e 29 quadras de basquete em ginásios e clubes.
Bolsa Atleta
Como carro-chefe do apoio federal aos atletas brasileiros, o programa Bolsa Atleta completou, em 2015, dez anos, com mais de 43 mil bolsas concedidas desde 2005. Em 2015, mais 6.131 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas foram contemplados, e outros 1.001 de modalidades não olímpicas. Na década, os investimentos ultrapassam R$ 600 milhões, o que confere à política pública o posto de maior programa de patrocínio esportivo individual e direto do mundo.
Com a escolha do País como sede olímpica e paralímpica em 2016, o governo federal criou, em 2012, a mais alta categoria do programa, a Bolsa Pódio, destinada a atletas com chances de disputar medalhas nos Jogos Rio 2016. Atualmente, 246 atletas de modalidades individuais (olímpicas e paralímpicas) são patrocinados com bolsas que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil.
A Bolsa Pódio é uma ação do Plano Brasil Medalhas pelo qual o Ministério do Esporte e empresas estatais também apoiam mais 179 atletas de modalidades coletivas (olímpicas e paralímpicas). Os recursos do Plano já somam investimentos de superiores a R$ 328 milhões. Os convênios permitiram, além da aquisição de equipamentos modernos, expressivo investimento na preparação de atletas de alto rendimento (participação em competições e treinamentos no País e no exterior), identificação e formação de novos talentos e contratação de equipes multidisciplinares.
O impacto da Bolsa Atleta foi medido nos Jogos de Toronto 2015, principal competição multiesportiva de 2015 para as equipes que vão disputar os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Dos 862 atletas convocados para o Pan-Americano e Parapan-Americano de Toronto, 675 são apoiados pelos programas do governo federal, o que correspondeu a 78,4% das delegações.
Das 141 medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, 121, ou 85,8%, vieram de atletas e equipes que recebem bolsas do governo federal. Ao todo, 243 medalhistas são bolsistas, entre os 303 atletas brasileiros que subiram ao pódio na competição.
Já nos Jogos Parapan-Americanos, o Brasil se consolidou como a primeira potência das Américas e fortaleceu os planos rumo à classificação entre os cinco primeiros nos Jogos Paralímpicos do Rio em 2016. Pela terceira vez seguida, os brasileiros ficaram em 1º lugar no quadro geral de medalhas. Das 257 medalhas no Parapan, 254 foram conquistadas por bolsistas do governo federal, o que corresponde a 98,8% do total. Dos 215 atletas medalhistas, 199, ou 92,5%, são bolsistas.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Brasil 2016
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