quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Mostra Carucango e Projeto Pérolas Negras agitam rede municipal

2017-09-28 18:31:00 - Jornalista: Joice Trindade
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Foto de aluna recitando para público.
Foto: João Barreto
Mostra foi idealizada com o objetivo de integrar estudantes à comunidade escolar
Em Macaé, a aplicação da Lei n° 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, faz parte do dia a dia das escolas municipais. O Colégio Municipal Maria Isabel Damasceno Simão (Centro) é um deles. Nesta quinta-feira (28), a unidade recebeu a 1ª Mostra de Curta Metragem "Carucango vive em nós". Paralelamente, foram iniciadas as inscrições dos alunos que desejam participar do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros, espaço que servirá para debates e pesquisas e será um dos únicos da região a tratar especialmente deste tema.
A programação contou com exibição de curtas cinematográficos de alunos do 6º ao 9º ano, com foco na reflexão e estudo da trajetória e identidade de Carucango, herói negro macaense, reconhecido pela sua luta que deu nome ao Quilombo, apontado como um dos maiores que existiu no Estado do Rio de Janeiro nos fins do século XVII. A Mostra "Carucango vive em nós" teve como objetivo associar a educação ao uso da tecnologia.

Presente, a superintendente de Educação Integrada, Andrea Martins, destaca que a mostra servirá para reflexão do aluno. "Este é mais um momento para o exercício da criatividade com o objetivo de ampliar a capacidade do estudante. O "Maria Isabel" é o primeiro a trabalhar o tema da africanidade no projeto político pedagógico observa.

Segundo o secretário de Educação, Guto Garcia, a mostra foi idealizada com o objetivo de integrar estudantes junto à comunidade escolar; estimular a criatividade individual e coletiva. "A ideia é promover a circulação de bens culturais e vivenciar uma produção de curta com destaque para a história de Macaé", ressalta.

Pérolas Negras

Paralelo ao evento, também foi realizada a mostra do projeto Pérolas Negras, que integrou alunos na culminância de atividades específicas voltadas para o maior conhecimento sobre a negritude brasileira, suas histórias, culturas, lutas e conquistas. Na oportunidade, os alunos do 6º ao 9º ano e Correção de Fluxo Escolar apresentaram dança, jogral, poemas e filmes. A programação também contou com a contação do grupo HistoriArte.

Para as alunas Laysa Bessa e Ana Flávia Oliveira participar do projeto é maravilhoso. "Temos que tratar de assuntos ligados ao respeito da identidade dos negros e índios a todo instante. Gostamos muito de participar da dança e jogral", contaram.

A apresentação do "Pérolas Negras", de acordo com o diretor da unidade, Roberto Valcácio, contribui para incentivar o gosto pela leitura, escrita com a intenção de valorizar as personalidades negras da historia. "Estamos destacando um projeto que vá bem além da aplicação da lei. A proposta do colégio valoriza a influência das matrizes africanas e indígenas", ressalta.

Satisfeito, o professor responsável,José Henrique Silva, destaca que o projeto tem como finalidade levar para os alunos ações sobre a questão racial. "A proposta é internalizar que a cultura africana pode ser explorada em quaisquer áreas do conhecimento, vindo a efetivar uma contribuição significativa ao proporcionar um reforço de ações positivas sobre a identidade negra com destaque para miscigenação e respeito", finaliza.

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