domingo, 10 de dezembro de 2017

BALANÇO

Pediatria do Pronto-socorro da 14 atinge nível de excelência

08/12/2017 22:13
Com uma média mensal de 1.600 pacientes na faixa etária de 0 a 14 anos, o Hospital de Pronto-socorro Mário Pinotti atingiu nível de excelência de atendimento no setor de pediatria. De acordo com levantamento feito pela direção clínica do hospital, considerando dados do Datasus, o sistema de dados do Ministério da Saúde, o HPSM tem taxa de mortalidade pediátrica inferior a 4%, quando o recomendado, inclusive pela Organização Mundial da Saúde, é abaixo de 5%.
 
O levantamento aponta ainda que o hospital é o único do estado, dentro do segmento da urgência e emergência, que atende crianças integralmente em todos os níveis de complexidade. “Estamos sempre buscando a qualidade de serviço, sendo o principal beneficiário as crianças. Hoje temos índices de excelência e conseguimos abranger todas as crianças que chegam até nós, desde um simples resfriado até aquelas que precisam de cuidados complexos e intensivos, como vítimas de acidente e infecção generalizada. Todas essas crianças são assistidas de forma integral, com especialistas, cirurgias, medicamentos e hemodiálise, quando necessário”, explica Nazaré Mesquita, médica diretora clínica e coordenadora do serviço de pediatria.
 
Ainda de acordo com os dados apresentados, a pediatria possui 66% dos pacientes internados com origem de outros municípios. É o caso da pequena Lia Beatriz, 4 anos, que sofreu um acidente em São Caetano de Odivelas nessa quinta-feira (07) e foi trazida às pressas para a capital. “Foi um susto muito grande. Ela foi atendida lá e transferiram logo a gente para Belém. Aqui está sendo tudo encaminhado”, conta a mãe de Lia, a dona de casa Miriam Nascimento, 30 anos.
 
Outro ponto importante para a pediatria é a humanização. Quatro grupos de voluntários (Patati e Patatá cover, Por mais Amor, Atletas da Alegria e Liga da Justiça) se revezam na distração dos pequenos em um momento em que a dor é sempre maior, como no caso da Lia. Ainda no leito e visivelmente traumatizada pelo acidente, ela recebeu a visita do grupo de voluntários Por mais Amor, que distribuiu livros de colorir. Em agradecimento, Lia deu um tímido sorriso e falou que a sua princesa favorita é a Ana, da animação Frozen. “Instituímos o Plantão Sorriso, que é um evento semanal que abre as portas do HPSM para que os voluntários possam trazer à tona a parte lúdica dessas crianças”, diz a diretora clínica, Nazaré Mesquita.
 
Para o diretor do hospital, Samuel Aflalo, a melhoria na pediatria é um reflexo de uma autoavaliação  e dos esforços da equipe para otimização e qualidade no atendimento. Ele acrescenta que os próximos objetivos são a acreditação do setor pediátrico e a melhoria dos demais setores do hospital para também atingirem o nível de excelência. “Hoje não medimos esforços para a continuidade do trabalho. Atingimos índices que estavam distantes, que hoje são reais e vamos lutar pela acreditação. É um trabalho que se faz passo a passo, com uma visão mais técnica, mas também humana para melhorar cada vez o atendimento no hospital e em toda a nossa rede”, garante.
 
A diretora do Departamento de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde, Vanessa Oliveira, reafirma o compromisso em investir cada vez mais na evolução do serviço. “Acreditamos no potencial do hospital e juntos buscamos a excelência do atendimento. Futuramente, com toda certeza, seremos acreditados. Com isso, todos ganham: servidores, gestão e, sobretudo, a população”, afirma.
 
A artesã Nilcilene Araújo, 37 anos, oriunda do município de Maracanã, trouxe o filho Taylor Leandro, 3 anos, com um problema de saúde avançado para o HPSM na última quarta-feira. O menino foi imediatamente atendido, medicado e operado. Teve alta ontem à noite, mas a mãe preferiu ficar no hospital até esta manhã para compartilhar com a equipe da pediatria a felicidade pelos avanços. “É um setor muito bom. Todos são atenciosos e não tenho do que reclamar. Costumo dizer que os pais ficam piores que os filhos dentro de um hospital, porque o desgaste é grande. Momentos como esse servem para dar mais força”, diz.
Por Paula Barbosa

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