Bispo de Frederico Westphalen se defende de falsa acusação
Dom Antônio Carlos Rossi Keller enviou uma mensagem nas redes sociais na qual esclarece os fatos sobre a denúncia de abuso sexual que envolve seu nome
Redação (30/12/2021 17:10, Gaudium Press) Dom Antônio Carlos Rossi Keller, Bispo da diocese gaúcha de Frederico Westphalen, publicou um vídeo no YouTube nesta quinta-feira, 30 de dezembro, no qual assegura que a acusação de abuso sexual é falsa e esclarece as circunstância da denúncia que envolve sua pessoa.
Na mensagem publicada, Dom Antônio Keller explica que a denúncia é fruto de uma vingança arquitetada por dois sacerdotes e um grupo de leigos.
Denúncia motivada por vingança
Há alguns anos, Dom Antônio Keller cobrou desses clérigos uma postura mais condizente com a condição sacerdotal e condenou a utilização de ideologias político-partidárias na Igreja.
“Contrariados com minha orientação, alguns desses sacerdotes armaram toda essa denúncia desqualificada. Teve início, há mais de três anos, uma ação arquitetada de revanchismo e vingança contra minha pessoa, como bispo diocesano”, explicou no vídeo.
Dom Antônio Keller afirma que a comunidade conhece bem a sua reputação pessoal e a reputação dos detratores. Ele reforça ainda que um dos acusadores deixou o estado clerical por determinação do Papa Francisco por causa de “seus desvios de procedimento e o abandono das atividades eclesiais”. O outro acusador também abandonou a diocese por decisão própria.
Em seguida o Bispo descreve um pouco a denúncia, sem dar muitos detalhes pois explica que o processo ainda se encontra sob segredo da justiça:
“Esses padres, mais alguns leigos também ligados ao mesmo grupo, valeram-se de um jovem, que hoje se apresenta como mulher, tendo inclusive mudado seu nome, e que se autointitula como ‘mãe de santo’, aqui em Frederico Westphalen, para configurar essa denúncia de abuso — que é totalmente falsa, sem nenhuma prova. E não haverá prova simplesmente porque os fatos alegados de abuso jamais aconteceram”.
Imputações rejeitadas nas esferas civil e eclesiástica
O relato divulgado nos últimos dias pela mídia já foi apresentado à justiça há três anos. O judiciário gaúcho apurou os fatos e rejeitou a denúncia. Atualmente o processo tramita no TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul), em grau recursal.
Em razão do conteúdo da denúncia, também a Nunciatura Apostólica no Brasil foi informada e iniciou-se uma investigação dos fatos por ordem da Congregação para a Doutrina da Fé. Um juiz e dois assessores canônicos, designados pela Santa Sé, ouviram várias pessoas: sacerdotes, religiosos, seminaristas e leigos da diocese. Por fim, o Bispo foi absolvido da acusação.
Dom Antônio Keller entende que os acusadores são motivados por interesses financeiros, políticos, religiosos e ideológicos que não aceitam sua postura de defender a Igreja. (FM)
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