PF encontra mais de R$ 30 milhões em suposto bunker de Geddel na Bahia
BRAZILIAN FEDERAL POLICE/AFP/Arquivos / HOFoto divulgada pela Polícia Federal mostra parte do dinheiro encontrado no apartamento em Salvador que seria usado por Geddel Vieira Lima, ex-ministro do presidente Michel Temer, como um bunker para guardar dinheiro
A Polícia Federal encontrou mais de R$ 33 milhões (cerca de US$ 10,57 milhões) em espécie em caixas e malas em um apartamento em Salvador, que seria usado por Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer, como um bunker para guardar dinheiro.
A cifra corresponde à contagem atualizada, mas a Polícia Federal informou que a previsão é de que o levantamento se estenda por toda a noite, levando em conta o volume que ainda falta contabilizar.
Um vídeo mostra maços de notas sendo inseridos em máquinas de contagem rápida.
A operação "Tesouro Perdido" começou pela manhã, com a revista de um apartamento em uma zona residencial da capital baiana, onde foram encontradas vinte caixas e malas cheias de notas de 50 e 100 reais.
A PF informou naquele momento que "os valores apreendidos serão transportados a um banco onde será contabilizado e depositado em conta judicial".
Geddel, importante articulador político do governo Temer, esteve à frente da Secretaria da Presidência até novembro de 2016. Ele renunciou após ter sido acusado de tráfico de influência por Marcelo Calero, então ministro da Cultura.
Na época, Calero acusou Geddel de ter feito pressão para a concessão de uma licença para a construção um edifício de alto padrão em um bairro nobre de Salvador, o que tinha sido negado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Integrante do PMDB baiano há 27 anos, Geddel foi vice-presidente do departamento de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013, durante a Presidência de Dilma Rousseff.
Entre 2007 e 2010, foi ministro da Integração Nacional durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em julho deste ano, foi detido preventivamente e no mês seguinte, posto em prisão domiciliar por suposta tentativa de obstruir a Justiça em uma investigação sobre desvio de recursos públicos, o que ele nega.
A operação desta terça-feira é uma ramificação da Operação Cui Bono, que investiga um esquema de propina na liberação de créditos da Caixa em benefício de políticos, altos funcionários públicos e empresários.
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