Alunas deficientes auditivas passam para o IFF e o CAp
2018-01-29 16:07:00 - Jornalista: Elis Regina Nuffer
Foto: Divulgação
Macaé segue a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
O caminho que essas jovens alunas especiais têm pela frente é feito de superação e estímulos, frutos do trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação, que investe na Educação Inclusiva e Social. A equipe atua com base na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, lançada pelo Ministério da Educação (MEC), em 2008, envolvendo também ações cultural, social e pedagógica, no Atendimento Educacional Especializado (AEE) com função complementar e/ou suplementar à formação dos alunos.
Para o IFF, foram aprovadas Vanessa Nascimento Pereira, no curso de Automação Industrial; Jhulia de Azevedo Maia Barbosa e Chaylany Rosa Cabral Alvarenga (Eletrônica); e Gleiciane Benedito da Conceição, aprovada para Meio Ambiente – todos os cursos integrados ao Ensino Médio e diurnos. Além da aprovação para o IFF, a estudante Jhulia também foi classificada em fila de espera para o CAp. Em anos anteriores, o Ancyra, referência em Educação Inclusiva, também aprovou outros alunos especiais para o IFF Macaé: Mylena Schuab, que cursa Meio Ambiente desde 2016; Kattelyn Apolinário, Dali Junio e Yglys Luqueti, alunos de Eletrônica.
No Colégio Ancyra os alunos especiais assistem aulas nas salas regulares e recebem atendimento especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais, onde têm aulas da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a língua natural dos deficientes auditivos, com suporte educacional com professores intérpretes e professora de Libras. Para realizar o trabalho, a equipe quebra barreiras e preconceitos junto com os alunos e com apoio e investimento da gestão da escola, dirigida por Éder Pereira Peçanha, Sueli Cristina e Israel Carvalho.
As alunas aprovadas para o IFF atuaram diretamente com os professores da rede e intérpretes de Libras, Cristiane Regina Silva Dantas, e a professora de Libras, Verônica Rodrigues Santos. O trabalho com elas começou em 2017 apresentando a proposta, primeiro, a seus responsáveis sobre a importância de investir no futuro profissional das alunas, já que seria o último ano delas no Ancyra.
Com o desempenho das alunas deficientes auditivas em processos seletivos bastante concorridos, a rede pública municipal de ensino em Macaé deixa como legado à população um trabalho de ensino-aprendizagem significativo e eficaz.
- Toda Educação está de parabéns, pois esses resultados são frutos da implementação de políticas públicas direcionadas às necessidades especiais dos educandos, numa perspectiva inclusiva -, enfatizou a superintendente de Educação Inclusiva e Social, da Secretaria Municipal de Educação, Cynthia Gonçalves.
Como é feita a Educação Inclusiva na escola
A preparação com os alunos especiais para concursos começa quando chegam ao 9º período de escolaridade. A equipe do Ancyra entra em ação, desenvolvendo com eles um trabalho feito com orientações, reforço escolar e estudo dirigido, focando o futuro ingresso deles em instituições como o IFF e o Colégio de Aplicação. A tarefa não é fácil. Só o CAp teve número recorde de inscritos no concurso realizado em outubro passado, com 1.227 candidatos que fizeram as provas.
Os alunos especiais também recebem atendimento personalizado no momento do certame do CAp, organizado num trabalho integrado entre a Secretaria Adjunta de Ensino Superior e a Faculdade Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS), ambos da prefeitura.
O município oferece duas escolas especializadas no atendimento a alunos com deficiência auditiva: a Escola Municipal Jofre Frossard, onde tem o Projeto Bilíngue, que é a Libras implementada no currículo da escola para alunos do 1º ao 5º anos; e o Ancyra que, desde 2010, recebe alunos especiais do 6º ao 9º anos, e tem ainda a Educação de Jovens e Adultos (EJA), sendo referência no segundo segmento do Ensino Fundamental para alunos deficientes auditivos.
- Ficamos muito felizes com os resultados e o nosso trabalho é esse, de lutar e incentivar para que nossos alunos deficientes auditivos alcancem novos patamares em suas vidas e mudem a realidade local de seu município, através da superação de suas dificuldades, sendo um exemplo para as novas gerações poderem se espelhar -, destacou a professora e intérprete Cristiane Dantas.
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