quinta-feira, 29 de março de 2018

'Autismo nas escolas' faz primeiro encontro no Colégio Zelita Rocha

2018-03-28 16:34:00 - Jornalista: Equipe Educação
Compartilhe:  
  •  
  •  
Foto do Colégio Municipal Zelita Rocha
Foto: Arquivo Secom
Rede municipal conta com 52 salas de recursos multifuncionais e 75 professores de atendimento especializado
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é comemorado na segunda-feira (02). O Colégio Municipal Zelita Rocha antecipou a programação para este mês e recebeu o grupo Movidos pelo Autismo (Mopam), que fez seu primeiro encontro do projeto "Autismo na escola". O objetivo foi falar sobre o assunto para a direção da escola, professores, funcionários, pais, responsáveis e envolver a comunidade. A importância da ação se dá em razão dos estudos que apontam que um a cada 68 brasileiros é diagnosticado com o transtorno. O projeto deve percorrer outras unidades da rede.
Os números têm sido acompanhados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Associação Brasileira de Autismo (Abra). O Mopam chegou ao colégio a convite da mãe de um aluno que tem o transtorno e contou com apoio da equipe gestora e da Secretaria de Educação, que desenvolve na rede um atendimento especializado a essas crianças. A assistência acontece nas salas de aula, com as crianças acompanhadas pelo auxiliar de serviço escolar, e nas salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE).

A rede conta com profissionais capacitados como a pedagoga especialista em Autismo e mestra em Diversidade de Inclusão pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Lucield de Oliveira, que está trabalhando na sala AEE da Escola Municipal Wanderlei Quintino. A partir de 2014 a rede começou a receber mais alunos com autismo.

O público-alvo dos professores AEE são alunos com deficiências e/ou impedimento de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial. Além disso, são assistidos alunos com transtornos globais do desenvolvimento, os que apresentam quadro de alterações neuropsicomotoras, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras, incluindo aqueles com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação e alunos com altas habilidades/superdotação.

Segundo uma das idealizadoras do Movimento pelo Autismo - Macaé, Lucia Anglada, o projeto Autismo na escola surgiu da grande demanda e necessidade de inclusão dos alunos nos ambientes escolares. "A pedido de muitas mães que se desesperam com o diagnóstico do transtorno nos seus filhos, criamos o projeto para levar um pouco da nossa experiência para todos que precisarem. Sabemos que o autismo tem várias classificações e meu filho é o não verbal, ele não fala. Então passar um pouco na nossa experiência com eles ajuda muitas pessoas na mesma condição", disse Lúcia.

Segundo o secretário de Educação, Guto Garcia, as escolas da rede atendem alunos com autismo dentro das salas regulares acompanhados de um auxiliar de serviços escolares e também através das avaliações e a necessidade dos alunos nas salas de recursos funcionais. "A rede conta com 52 salas de recursos multifuncionais e 75 professores de atendimento especializado ao escolar, que recebe todos os alunos com algum tipo de deficiência nesses espaços, no contraturno, para trabalhar suas necessidades", explicou Guto.

Entenda - O dia 2 de abril foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2008, como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data remete ao dia em que foi realizada a primeira mobilização sobre o transtorno. O autismo é uma síndrome que afeta vários aspectos da comunicação, além de influenciar também no comportamento do indivíduo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário