terça-feira, 27 de março de 2018

Parque Atalaia é base de pesquisa

2018-03-27 15:13:00 - Jornalista: Carla Cardoso
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Foto de pessoas no Parque Atalaia
Foto: Márcio Borges
Estudo analisa primatas e febre amarela
O Parque Natural Municipal Atalaia vem sendo ambiente de pesquisa para diversos trabalhos acadêmicos. Um dos mais recentes é a dissertação de mestrado “Monitoramento de Epizootias de Febre Amarela em primatas não humanos e os impactos populacionais em Bugio (Allouatta guariba clamitans) e Macaco-prego (Sapajus nigritus) em unidades de Conservação e Fragmentos no município de Macaé”. O trabalho é do curso de Pós-graduação em Ciências Ambientais e Conservação, da UFRJ/Macaé.
De autoria da mestranda Jéssica Ferreira Erasmi de Souza, a pesquisa é orientada pelo professor Rodrigo Lemes Martins e co-orientada pela professora Malinda Dawn Henry. Neste mês, Malinda apresentou a proposta da pesquisa de mestrado à equipe do Parque Atalaia, ao Secretário Municipal de Ordem Pública, Sebastião Carneiro da Silva Junior e à Guarda Ambiental, que vai fazer o acompanhamento no recolhimento de dados dentro da mata, no parque.

- Nos dias 16 e 18 de abril serão realizadas as primeiras trilhagens para início do trabalho. Vamos começar o mapeamento para esse levantamento de dados que ainda não existe no município. Todas as informações que recolhemos são entregues ao Centro de Controle de Zoonoses e Secretaria de Saúde. É muito importante ter esse monitoramento contínuo com primatas como indicativos tanto de febre amarela, quanto de outras doenças – explica Malinda Dawn.

Segundo a professora, a Guarda Ambiental vai auxiliar a pesquisa nas áreas mais remotas do parque. “Com a pesquisa, poderemos identificar se há bugios, se há vocalizações, vamos quantificar melhor essas duas espécies e o impacto da doença na população, entender quais são as espécies mais sensíveis e o porquê. Vamos visualizar e anotar os registros e entender se é possível evitar a extinção. Dessa forma, podemos fazer um plano de manejo e prevenir que sejam extintos”, observa Malinda.

Assim que o trabalho estiver pronto, a equipe irá disponibilizar o mapeamento com essas informações para outros pesquisadores. O trabalho de mestrado também vai analisar a região de Serra das Pedrinhas e Reserva da União ICMBio.

Coordenador do Parque Atalaia, Alexandre Bezerra ressalta que a parceria com as universidades é fundamental nesse momento e vem somar esforços com a prefeitura. “Essa pesquisa com um levantamento populacional dos primatas é muito importante para a preservação da mata atlântica e para a saúde pública da região. Temos ainda, em andamento, mais três pesquisas, iniciadas recentemente, sendo uma delas com mosquitos, e com as propostas de preservação de nossas matas, mananciais, recursos botânicos e hídricos”, destaca.

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