quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Quissamã: 18 meses - Superando desafios a todo momento

    Publicado: Quarta, 28 de Dezembro de 2016, 13h36 | Última atualização em Quarta, 28 de Dezembro de 2016, 13h36
    O prefeito de Quissamã, Nilton Pinto, o Furinga, encerra seus 18 meses de administração no dia 31 de dezembro, depois de assumir o mandato no meio da gestão, em função do falecimento do então prefeito Octávio Carneiro. Neste período, em que enfrentou a pior crise da história de Quissamã, por conta da queda no repasse dos royalties do petróleo e gás natural, situação que também afetou os demais municípios da região, ele garante ter feito o que foi possível para minimizar os efeitos para a população quissamaense. Nos dois últimos anos, a cidade perdeu, em média, R$ 150 milhões em arrecadação.
    Segundo Nilton, contribuiu para que ele e sua equipe pudessem passar por esse período de turbulência, uma série de medidas que se viu obrigado a tomar, visando reduzir custos, como a extinção de secretarias e a priorização de áreas como Saúde e Educação, que são as mais sensíveis para a população, mas sem se esquecer de outros setores que também são importantes para manter a economia funcionando.
    Governar não é tarefa das mais fáceis. Não porque não se saiba como fazer, mas por depender de inúmeros fatores inerentes à condição do querer, para realizar. Por isso, nesses 18 meses de gestão, tivemos que reorganizar o Município, de modo que a administração pública quissamaense alcançasse sua máxima eficiência diante do momento de grande desafio como o que se vive desde então”, ressaltou o prefeito, lembrando de sua experiência de 25 anos como servidor.
    Na área de Saúde, o município investiu 18,94 da arrecadação, o que está acima do que prevê a Constituição Federal, que é de 15%. A mesma determinação usou na Educação, aplicando 40,62%, quando a lei preconiza 25%. De acordo com Nilton Pinto, isso permitiu que as duas áreas que considera mais importantes para a população não sofressem tanto os efeitos nefastos da queda brusca de arrecadação.
    Outro ponto que ele considera importante da administração diz respeito à manutenção do pagamento aos cerca de 2.200 servidores em dia, assim como as duas parcelas do 13° salário, já devidamente quitados. “A prefeitura é a maior empregadora do município. Então, se o pagamento é realizado em dia, isso permite que o dinheiro circule no comércio local, fomentando a economia e permitindo que outras pessoas também sejam beneficiadas indiretamente”, aponta ele.
    Além da Saúde, Educação e prioridade também aos servidores, a gestão Nilton Pinto também investiu nas áreas de agricultura e trabalho e renda.
    Intensificamos a formalização de MEI’s, o fomento à agricultura familiar e ao artesanato local através de feiras – formas de geração de renda, que garantem o sustento de muitas famílias. Essas políticas públicas de desenvolvimento foram fundamentais para que o município se mantivesse de pé, mesmo diante da crise que enfrentamos e apesar das dificuldades impostas pela falta de recursos. Mas a prova de que trilhamos no caminho certo foi que, em menos de um ano, fomos indicados como finalista do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor”, salientou.
    Nilton Pinto também lembrou das dificuldades enfrentadas com a falta de apoio da Câmara de Vereadores, que se recusou a discutir o pedido oficial da prefeitura, para que pudesse antecipar recursos oriundos de royalties futuros. “Isso não resolveria os problemas da queda de arrecadação, mas certamente a população seria menos prejudicada”, pontuou.
    O prefeito também afirmou que sai com a certeza do dever cumprido neste período em que esteve à frente da administração de Quissamã. “Ter responsabilidade com a gestão pública tem sido minha conduta desde que me tornei servidor público municipal, e não foi diferente quando assumi a prefeitura. E foi preciso ter coragem para adotar as medidas que adotei, para evitar que os quissamaenses fossem ainda mais prejudicados. Na vida é sempre mais fácil dizer sim do que não, mas na gestão pública que busca eficiência é completamente diferente. Foi o que tentamos fazer dentro da realidade que nos apresentava. Na verdade, fizemos muito com o pouco que tínhamos para usar em prol da população”, concluiu.

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