Moradias são demolidas em ação de segurança social
2018-01-18 16:54:00 - Jornalista: Equipe Secom
Foto: Maurício Porão
Objetivo é cumprir ordem judicial e impedir novas invasões no Lagomar
"Essa atuação segue duas premissas: cumprir uma ordem judicial e impedir novas invasões que possam colocar a vida de pessoas em risco", afirmou Dr. Aluizio, que acompanhou a operação e pode ouvir e tirar dúvidas dos moradores que ainda moram no local. "Estamos aqui para conversar, para resolver. Não podemos deixar que a população viva em uma situação irregular", disse Aluizio.
Após o bairro passar por dias de conflitos entre facções, a demolição também é um importante meio de combate às ações de traficantes. "Agora a comunidade está mais pacífica, só vamos parar quando estiver tudo a contento. Estamos aqui com muita cautela, pois há muitas famílias", afirmou o secretário de Ordem Pública, Sebastião Carneiro que, junto com a Polícia Militar e Civil, garantiram a segurança de moradores e as equipes envolvidas em todo trabalho.
A operação contou com a participação das secretarias de Ordem Pública, Habitação, Infraestrutura e Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade. Foram utilizados quatro retroescavadeiras e oito caminhões, com uma equipe de cerca de 50 homens da secretaria de Infraestrutura.
"A prefeitura não demolirá nenhuma casa sem consentimento. A Secretaria de Habitação manterá equipe no Lagomar para resolver, pacificamente, todos os casos. Vamos fazer todo o possível e colocar toda a energia para resolver as situações que se apresentarem. Se de todo for realmente impossível, vamos em busca de outras medidas. Nosso objetivo é a legalização. O governo tem a obrigação de resolver, dentro da legalidade, caso a caso", enfatizou o prefeito de Macaé.
A secretária de Habitação Tânia Jardim, explicou toda atuação. "Estamos dando continuidade à ação de remanejamento iniciada em dezembro de 2017, atendendo ao Ministério Público, visto que é uma área de amortecimento do Parque Nacional da Restinga Jurubatiba que precisa ser restaurada. Primeiro, atendemos as famílias que aceitaram espontaneamente a mudança. Hoje, muitas já nos procuram e têm a consciência de como essa mudança é importante e, principalmente, uma forma de promover qualidade de vida a essas pessoas que, ao saírem daqui, podem ir para um local melhor", afirmou Tânia.
A moradora Maria Cristina Mafrin, que logo irá para o Residencial no Bosque Azul, concorda com a secretária. "Essa mudança é excelente. Vamos para um lugar melhor, onde há mais facilidades para nós moradores", afirmou a dona de casa.
As famílias que ainda se encontram no local tiveram assistência da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade. "É fundamental o nosso apoio a essas famílias. Estamos aqui para acolher. Por conta da invasão, atuamos para dar suporte e garantir que essas pessoas possam ir para um lugar seguro", afirmou a secretária Tatiana Pires.
Além disso, uma equipe da Habitação realizou, durante a tarde desta quinta-feira, uma reunião com os moradores na Escola Municipal Paulo Freire para esclarecimento de dúvidas e possíveis soluções imediata. Nesta sexta-feira (19) e durante toda a próxima semana, a equipe continuará na escola realizando atendimento. Os casos serão tratados individualmente, com o objetivo de resolver as situações que, por algum motivo, estão ainda pendentes.
Selagem
Em 2015, cada família recebeu uma folha de cadastro com o número de inscrição que foi afixado na residência, contendo a data, a hora e os documentos que deveriam ser levados para realizar o cadastro. O município cumpriu determinação da justiça para cadastrar e remover as famílias que vivem na zona de amortecimento do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, localizada na Rua W 30, no bairro Lagomar. A unidade de conservação foi criada pelo Governo Federal, em 1998, com o objetivo de proteger significativos ecossistemas e espécies locais.
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