Bancada do Rio se 
une contra perdas 
nas negociações 
sobre os royalties

No mesmo dia, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentará um projeto sugerindo que a União ceda aos estados não produtores os quase R$ 3 bilhões que recebe a título de participação especial das petroleiras.

Apesar do discurso uníssono, duas vozes destoam do grupo de 49 parlamentares. Os deputados Edson Santos (PT) e Brizola Neto (PDT) não concordam com a proposta da bancada de que as petroleiras banquem, com mais tributos, os R$ 8 bilhões pedidos pelos estados não produtores.

— Não cheguei onde cheguei trilhando o caminho do “sim, senhor”. Não tenho medo de cara feia — disse Santos, que foi ministro no governo Lula.

— O Rio perdeu a oportunidade de ceder no ano passado, quando perderia menos do que pode perder agora — acrescentou Brizola Neto.

Os dois dizem que a Petrobras é “a principal agência de desenvolvimento do Rio” e não deve pagar a conta sozinha. Mas o deputado Hugo Leal (PSC-RJ) diz que a bancada está unida:

— É óbvio que numa bancada de 46 deputados sempre haverá uma ou outra opinião divergente, mas a bancada está fechada.