domingo, 20 de janeiro de 2013

ENTREVISTA:

Dr. Aluizio concede entrevista ao

 jornal "Folha da Manhã"


 O prefeito Dr. Aluizio Jr., recebeu esta semana em sua residência a equipe da jornal "Folha Manhã" e concedeu interessante entrevista à  jornalista Juzi Monteiro.  A entrevista foi publicada na edição hoje (20) no jornal campista. Vide:

"Eleito com votação histórica - obteve a preferência de 65% ou 70.693 dos eleitos - o neurocirurgião, Aluízio dos Santos Júnior, o Dr. Aluízio (PV), diz que a população de Macaé mostrou que quer algo diferente e que está apostando na mudança. Segundo ele, a população quer o básico: esgoto tratado, água encanada, creches, limpeza pública. ”Tudo isso não só é possível de ser feito, como é nossa obrigação oferecer”. Suas habilidades cirúrgicas já estão sendo implantadas no governo. Logo de início assinou decretos visando redução de gastos e já cortou 1.200 assessorias (50% das existentes), resultando em uma economia de R$ 35 milhões aos cofres públicos. Membro do Partido Verde, Dr. Aluízio tem ido às ruas e acompanhado as ações, ouvindo as demandas da população. E elegeu o saneamento básico como prioridade: “Vai beneficiar Saúde e Meio Ambiente”.

Folha – Em 2008, o senhor foi candidato a prefeito de Macaé, mas não saiu vitorioso. O que mudou no senhor e em Macaé nesses quatro anos que o levou a conquistar a vitória dessa vez?

Dr. Aluízio – Penso que a grande mudança foi com relação ao amadurecimento político, não só meu, mas também o da sociedade. Desde 2008 tínhamos como proposta oferecer um projeto transparente, que mantivesse o poder público em constante contato com a população para ouvir suas necessidades e, na medida do possível, atendê-las da maneira mais ágil possível. Os moradores de Macaé querem o básico: esgoto tratado, água encanada, creches, limpeza pública, entre outras coisas. Tudo isso não só é possível de ser feito, como é nossa obrigação oferecer. O que mudou ao longo desses anos é que a população entendeu, de fato, a nossa proposta e nos deu uma chance de mostrar que é possível fazer um governo diferente.

Folha - Em 2010, o senhor foi eleito deputado federal com uma votação bastante expressiva. Ali, a população de Macaé já demonstrava o desejo de mudança?

Dr. Aluízio – Penso que sim. Macaé é uma cidade muito famosa pelo petróleo e seus recursos, mas que acaba não refletindo essa riqueza em sua população. É um município de inúmeros contrastes, onde ao mesmo tempo que possui as maiores empresas multinacionais em seu território, não atende as necessidades mais básicas de seus moradores. Em 2010 mantivemos nossa proposta e recebemos mais de 95 mil votos em todo o estado do Rio de Janeiro, sendo 54 mil deles só em Macaé.

Foi naquele momento que percebemos que algo já estava mudando, que a população estava em busca de um novo processo onde houvesse parceria entre o poder público e a sociedade. Após receber mais de 70 mil votos nas últimas eleições, percebemos que a sociedade macaense utilizou as urnas como instrumento de protesto e um meio de mudar a situação de caos em que vivia. Hoje, já na prefeitura, nossa proposta se concretiza, estando presentes nas ruas diariamente, levando os serviços mais essenciais até a população. Esta é a forma de mostrar que entendemos o desejo por uma cidade socialmente mais justa e a responsabilidade a nós confiada.

Folha – Seu governo pretende trabalhar com interação das secretarias. Como tem funcionado?

Dr. Aluízio – Existe um projeto de desenvolvimento para Macaé como um todo e isso é um projeto do governo. Não existem projetos individuais de secretarias, ninguém trabalha sozinho em um governo. É preciso diálogo, interação entre os trabalhos e soma de forças para que os desafios sejam resolvidos. E o que temos visto é que tem funcionando muito bem. Um exemplo disso são os mutirões que vêm acontecendo nos bairros da cidade, onde somente um trabalho conjunto pode possibilitar o sucesso da ação. Precisamos das secretarias de Limpeza Pública, Obras, Ambiente, Mobilidade Urbana, Ordem Pública, Saúde, Educação e demais outras, pois as necessidades de um bairro perpassam por todas estas áreas. Precisamos limpar as ruas, mas também precisamos conscientizar os moradores que é importante manter limpo aquele local, precisamos organizar o trânsito para que as ações não atrapalhem motoristas e pedestres, enviamos agentes de saúde para vistoriar as casas e conversar sobre prevenção da dengue e demais vetores, temos que observar as condições dos canais, rios e valões que cortam alguns bairros. Enfim, com o empenho de todos, conseguimos viabilizar a solução de diferentes demandas.

Folha – Em relação ao Meio Ambiente, o senhor que é do Partido Verde, quais são suas prioridades nessa área?

Dr. Aluízio – Nossa prioridade número um é o saneamento básico e isso tem tudo a ver com o meio ambiente, visto que o principal agente poluidor em Macaé é o esgoto não tratado, que contamina nossos rios, o solo e a Lagoa de Imboassica, que é um dos nossos principais cartões postais e que precisa urgentemente ser despoluída. Enquanto não resolvermos a questão do tratamento de esgoto, não teremos como promover de forma satisfatória as demais atividades de preservação ambiental. Este é um dos grandes desafios da nossa gestão, mas paralelamente a isso também vamos elaborar o projeto do Parque da Restinga da Praia do Pecado e a regulamentação do licenciamento municipal, o que evita que a especulação imobiliária destrua a área. Tudo sempre com a participação da população, que será ouvida por meio de reuniões e audiências públicas.
Folha – O senhor que é médico e já administrou a Fundação Municipal Hospitalar de Macaé. Na Saúde, quais são seus projetos?

Dr. Aluízio - As ações na área de saúde começam com a valorização dos servidores, para que eles possam realizar um bom atendimento aos pacientes, com ações de humanização no acolhimento da população e com a melhoria da estrutura física das instalações. No HPM, por exemplo, pretendemos reduzir problemas crônicos, com as macas dos corredores, aumentar o número de leitos e reformar os centros cirúrgicos e o refeitório. O nosso trabalho já começou, estamos contratando os profissionais das UPAS pela própria prefeitura para que o atendimento não seja mais interrompido pela falta de pagamento, e ampliando o Pronto Socorro do Aeroporto, com a transferência de parte do atendimento para o novo prédio anexo. As ações emergenciais de prevenção à dengue, de limpeza urbana e de abastecimento de qualidade em caixas d’água comunitárias e de residências em bairros onde o fornecimento encanado não existe também buscam trazer mais dignidade e saúde para os cidadãos, que estavam expostos a risco de contaminação. Nossa proposta traz ainda como prioridade melhorar o atendimento nas farmácias populares, ampliar a abrangência dos PSFs com enfoque no trabalho de prevenção e implantar a assistência oncológica no município.

Folha – E na questão do trânsito em Macaé, sempre tumultuado e alvo de críticas, quais são seus planos?

Dr. Aluízio - O plano é dar mais fluidez ao trânsito e melhorar o transporte público com a implantação de novas linhas, além do aumento e renovação da frota. Já na primeira semana de governo, demos início às primeiras alterações no trânsito do centro da cidade para diminuir os engarrafamentos. Também intensificamos a ação dos agentes de trânsito na orientação e fiscalização do estacionamento irregular, que compromete a circulação dos veículos, principalmente nos horários de pico. Nossos planos ainda incluem a implementação do Arco Viário de Santa Tereza e da estrada Norte-Sul, que serão uma via alternativa para o tráfego pesado e que vão colaborar para diminuir os engarrafamentos no Parque de Tubos.

Folha – No início do governo o senhor assinou decretos visando redução de gastos. O senhor pode explicar melhor e dizer quais setores serão atingidos?


Dr. Aluízio – Nenhum setor será atingido de forma negativa, pois nosso objetivo com a redução de gastos é obter uma máquina administrativa mais enxuta e eficiente. O maior gasto da administração pública até então era com a folha de pagamentos dos funcionários. Era um número absurdo de assessorias que, na prática, não estavam beneficiando em nada nas ações do governo municipal. Já neste início, houve uma redução de mais de 1.200 assessorias, aproximadamente 50% das existentes, o que representou economia de R$ 35 milhões/ano ao cofre público municipal. É um dinheiro que se esvaía de forma desnecessária e que agora será utilizado para sanar as necessidades mais urgentes da população.

Folha – O senhor tem sido um prefeito bastante participativo, indo às ruas, acompanhando ações do governo e ouvindo a população. Essa será uma marca de seu governo?
Dr. Aluízio – Mais do que uma marca, queremos que isso seja uma rotina a ser seguida ao longo da nossa gestão. Estamos percorrendo toda a cidade durante o dia todo, inclusive aos sábados, domingos e feriados. E não é só o prefeito que está acompanhando os serviços realizados, os secretários municipais e suas equipes também se fazem presentes no momento das ações, pois nada melhor do que o retorno dos moradores daquela rua ou bairro onde os eventos acontecem, para saber o que está dando certo e o que precisa de correções e melhorias. Nosso desejo é que a população se sinta cuidada e respeitada por aqueles que a representam.

Folha – Na eleição para a Ompetro, o senhor disse que o órgão precisa discutir melhorias para o cenário regional e não apenas a questão dos royalteis. Como acredita que precisam ser as ações da Ompetro e quais as prioridades?

Dr. Aluízio – Acredito que a Ompetro tem um papel fundamental para promover a integração dos municípios da nossa região. Temos que sempre valorizar a questão dos royalties, que é um direito garantido pela Constituição Federal, mas precisamos fortalecer nosso discurso regional. O Norte/Noroeste do Rio de Janeiro é a região mais economicamente importante do estado e até mesmo do Brasil, pois daqui é extraído mais de 80% do petróleo nacional, mas por outro lado precisamos pensar em diversificar a economia. O petróleo é recurso finito e não vamos discuti-lo para sempre. Temos que pensar desde já no que fazer quando este recurso acabar, buscando o desenvolvimento de outras atividades econômicas, investindo no agricultor, na indústria, no co-mércio, no conhecimento científico.

Folha – O que os macaenses e aqueles que adotaram Macaé como lar podem esperar do seu governo?

Dr. Aluízio – Macaé é uma
cidade atípica, onde a maioria de sua população é composta por migrantes de outros estados e regiões brasileiras e até mesmo de outros países. Muitas pessoas veem no município oportunidade de melhorar de vida por meio do trabalho nas multinacionais e empresas offshore. Com o tempo, isso fez com que a sociedade macaense perdesse um pouco de sua identidade, diluindo sua cultura em meio a tanta
as outras existente na cidade. O que o nosso governo quer é que o morador de Macaé, nascido ou não aqui, se sinta parte integrante deste novo processo, que todos se sintam acolhidos  e que criem um vínculo com a cidade.
Suzy Monteiro

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