Ex-prefeito Zito tem bens
bloqueados pela justiça
O Ministério Público
do Estado do Rio de Janeiro e o Ministério Publico Federal, em uma ação
conjunta, obtiveram na Justiça Federal o bloqueio e o sequestro dos
bens do ex-prefeito de Duque de Caxias José Camilo Zito dos Santos. A
ação visou a garantir o ressarcimento aos cofres públicos de prejuízos
causados na área da Saúde.
O esquema fraudulento envolvia a
terceirização da gestão de oito unidades municipais de saúde. Durante o
último governo Zito foram firmados contratos, com três ONG’s, no valor
de R$ 707,5 milhões. Toda a investigação foi realizada pela 2ª
Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Região
Metropolitana I.
O MP Estadual contou com a colaboração da Procuradoria da República de São João de Meriti.
Outras
24 pessoas também tiveram os bens bloqueados, entre elas o
ex-Secretário Municipal de Saúde, Danilo Gomes, e o ex-Procurador Geral
do Município, Francisco Alves Rangel Filho.
Segundo o apurado, a
fraude consistia em simular a realização de concurso de seleção entre
ONG’s interessadas em gerir as unidades de saúde. A escolha recaía
sempre em entidades vinculadas a um mesmo grupo econômico, chefiado por
Tufi Soares Meres.
Em Duque de Caxias, Tufi se valeu das ONG’s
“Associação Marca”, “Igepp” e “Instituto Informare”. Uma vez escolhidas
nos processos seletivos fraudados, as organizações não governamentais
subcontratavam a “Salute Sociale” e outras empresas do mesmo grupo.
“Empresas
que, na verdade, fazem parte do mesmo grupo econômico encabeçado por
TUFI SOARES MERES e que, na maioria das vezes, não chegam a prestar
qualquer tipo de serviço, limitando-se a fornecer notas fiscais para
inchar a prestação de contas a ser encaminhada ao Poder Público, cujos
servidores, por sua vez, não se preocupam em averiguar a veracidade das
informações ali contidas”, relata a ação.
Objetivando garantir a
continuidade dos serviços públicos de saúde em Duque de Caxias, o MPRJ e
o MPF ingressaram com outra ação civil por atos de improbidade
administrativa. A finalidade foi interromper a sangria nos cofres
públicos, suspendendo a execução dos termos de parceria celebrados com
as ONG’s. A medida busca ainda responsabilizar todos os envolvidos que
colaboraram com os atos de improbidade praticados ou que deles se
beneficiaram.
A fraude comprometeu o funcionamento de toda a rede de atenção à saúde, causando vultosos prejuízos aos cofres públicos.
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