terça-feira, 27 de novembro de 2012

O "VETA DILMA" PAROU O CENTRO DO RIO

A UNIÃO FAZ A FORÇA:

Riverton e Aluizio unidos por Macaé


   
 Na tarde desta segunda feira (26) no centro do Rio de Janeiro, o prefeito Riverton Mussi e Aluizio Jr., ambos de Macaé, se abraçaram diante dos reporteres por uma justa causa: o "Veta Dilma".




A cidade Macaé se fez presente com centenas de manifestantes na mobilização
Janete Fernandes trabalha no gabinete da vice-prefeita de Macaé e contou que 20 ônibus foram disponibilizados em favor da manifestação.

- Viemos aqui hoje para lutar pela manutenção dos royalties de Macaé. O município trabalhou muito por isso. É injusto perdermos nossa parcela. Nossa economia ficará muito impactada. Com esse dinheiro, a prefeitura faz investimentos em escolas e hospitais. Fora o impacto ambiental que esses recursos ajudam a minimizar.

Ana Beatriz Colucci, 17 anos, estudante, foi acompanhada dos amigos do Ciep Togo Renan Soares Kanela, em Santa Margarida, pedir que a presidenta Dilma Rousseff pense bem antes de sancionar o projeto, temendo que o país saia perdendo na organização da Copa do Mundo (2014) e das Olimpíadas (2016).

- Viemos pedir que a presidenta Dilma Rousseff vete o novo projeto de redistribuição dos royalties porque tira muitos recursos do Rio de Janeiro e pode inviabilizar a realização da Copa e das Olimpíadas, além de impactar na redução dos investimentos em Saúde e Educação – discursou a estudante.

Secretário de Agricultura e Pesca, Eduardo Augusto Alves também deu voz ao manifesto. Com ele, vieram 2 mil pessoas de Campos, divididos em 50 ônibus. Sua preocupação não é apenas com o seu município, e sim com o futuro do Rio de Janeiro.

- Estamos na luta não só pela manutenção dos royalties em Campos, mas em prol de todo o Estado do Rio. A nova divisão, se for aprovada, vai afetar significativamente a economia dos municípios dependentes desses recursos. Estamos aqui para pedir que a presidenta Dilma Rousseff vete esse absurdo, que vai prejudicar todo o Estado. Não vamos desistir dessa luta – declarou o secretário.


Cerca de 200 mil pessoas participam do ato dos royalties, na noite desta segunda-feira (26), no Centro do Rio de Janeiro. O balanço foi divulgado pela Polícia Militar, às 18h. Para reforçar a segurança na Avenida Rio Branco, onde acontece o protesto, a corporação colocou 340 homens na região.


Por volta das 14h30, desta segunda, ônibus com moradores de cidades do interior e da Baixada Fluminense chegavam ao local. Muitos participantes optaram em protestar com bandeiras, faixas e cartazes.



A Avenida Rio Branco foi interditada, no início da tarde desta segunda, no trecho entre as avenidas Presidente Vargas e Presidente Wilson. O trânsito na região era bastante complicado por volta das 13h30, para quem precisava acessar as ruas do Centro da cidade.



No fim da tarde, a atriz Fernanda Montenegro participou da passeata ao lado do prefeito Eduardo Paes e dos governadores Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, e Renato Casagrande, do Espírito Santo.



O deputado e prefeito eleito de Macaé, Aluizio Jr., foi um dos primeiros a chegar no centro do Rio, em comapnhia de vários macaenses.


A manifestação chamada de "Veta, Dilma" é contra o projeto de lei 2.565, que prevê a redistribuição dos royalties do petróleo. A estimativa é que se for sancionada, a lei fará com que o estado do Rio perca, já em 2013, R$3,4 bilhões em receita com royalties e participações especiais na exploração de petróleo. Até 2020, a estimativa é que a perda acumulada chegue a R$ 77 bilhões.

Tumulto e spray de pimenta
Público lota a Avenida Rio Branco no ato contra a nova distribuição dos royalties no Rio (Foto: Domingos Peixoto/ Ag. O Globo) 
Público lota a Av, Rio Branco no ato dos royalties no
Rio (Foto: Domingos Peixoto/ Ag. O Globo)
Por volta das 16h30, o governador Sérgio Cabral chegou à passeata, acompanhado da atriz Fernanda Montenegro, do governador do Espirito Santo, Renato Casagrande, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Assim que as autoridades chegaram houve um tumulto com um grupo de manifestantes, que são contrários à demolição do Maracanã e do Museu do Índio, na Zona Norte.

Os manifestantes quiseram falar com Cabral, mas foram impedidos pela segurança do governador. Houve confusão e policiais militares usaram spray de pimenta para dispersar o grupo.

Shows de funk e samba

Ao lado do governador Sergio Cabral e de outros políticos, a cantora Alcione cantou o Hino Nacional, no palco montado em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândia.

A artista foi a primeira a se apresentar na manifestação, por volta das 17h50. Segundo os organizadores, o evento terá os shows de Xuxa, dos funkeiros Naldo, Buchecha, Mc Koringa, além do cantor Belo e dos grupos Fundo de Quintal, Molejo, Bom gosto e Monobloco.
Xuxa em passeata dos royalties (Foto: Alexandre Durao) (Foto: (Foto: Alexandre Durao)) 
Xuxa e Buchecha se apresentaram no palco montado no ato dos royalties (Foto: Alexandre Durão/

Manifesto em Defesa do Rio

A cantora Fernanda Abreu subiu ao palco para ler o Manifesto em Defesa do Rio. O texto pede para a presidente Dilma vetar o projeto. O documento afirma que "o projeto que redistribui os royalties viola o pacto federativo e cria uma guerra sem vencedores".
O manifesto destacou que o "Rio atualmente vive um momento singular de desenvolvimento econômico após décadas de estagnação (...), sem os recursos dos royalties, projetos importantes ficarão comprometidos", diz o texto.

Desde o início da tarde, manifestantes com o rosto pintado de azul e branco, as cores da bandeira do Rio de Janeiro, lotam a Avenida Rio Branco. Muitos dos participantes vieram de cidades da Baixada Fluminense e do interior do estado, principalmente de Campos dos Goytacazes, Macaé e Quissamã, cidades que recebem grande parcela dos royalties.
Veta, Dilma (Foto: Isabela Marinho/ G1) 
Manifestantes estenderam faixa contra o governador Sérgio Cabral (Foto: Isabela Marinho/ G1)

O trem e o metrô ofereceram bilhetes, entre 13h e 15h, para os manifestantes. O retorno também será de graça nos trens da SuperVIa, na estação Central do Brasil, das 20h às 22h.

Manifestantes tomam o Centro do Rio no protesto contra mudança na lei dos royalties (Foto: Alexandre Durão/G1)Manifestantes tomam o Centro no protesto contra mudança na lei dos royalties (Foto: Alexandre Durão/G1)

Manifestantes com o rosto pintado com as cores da bandeira do Rio de Janeiro circulam na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, onde acontece na tarde desta segunda-feira (26)  a manifestação "Veta, Dilma", contra o projeto de lei 2.565, que prevê a redistribuição dos royalties do petróleo.
 

O Rio de Janeiro estima que, se for sancionada, a lei fará com que o estado perca, já em 2013, R$ 3,4 bilhões em receita com royalties e participações especiais na exploração de petróleo. Até 2020, a estimativa é que a perda acumulada chegue a R$ 77 bilhões.

Manifestantes  pintaram o rosto com as cores da bandeira do Rio de Janeiro (Foto: Alexandre Durão/G1)Manifestantes pintaram o rosto com as cores da bandeira do Rio de Janeiro (Foto: Alexandre Durão/G1)

Cabral, Fernanda Montenegro, Eduardo Paes e outras autoridades e artistas chegam para o ato contra a redistribuição dos royalties (Foto: Alexandre Durão/ G1) 
Cabral, Fernanda Montenegro, Eduardo Paes, Casagrande e outras autoridades e artistas chegam para o ato contra a redistribuição dos royalties (Foto: Alexandre Durão/ G1)


Movimentação começou pela manhã
 
Manifestantes já se organizavam em frente à Igreja da Candelária, no Centro do Rio, por volta das 10h30. Para garantir a fluidez do trânsito, por volta deste horário foram colocados três ônibus da Guarda Municipal na Candelária

A Prefeitura colocou 185 agentes de trânsito para auxiliar no fluxo dos carros durante a manifestação.
Bandeiras e faixas pedem para a presidente Dilma vetar o projeto dos deputados (Foto: Reprodução/ TV Globo)Bandeiras e faixas pedem para a presidente Dilma vetar o projeto dos deputados (Foto: Reprodução/ TV 
Riverton e Aluizio se abraçam pelo "Veta Dilma"

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