sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

 CARAMUJOS AFRICANOS
 PRESENTE EM MACAÉ

Em  Macaé  os  caramujos estão aparecendo muito rapidamente em vários bairros. No centro da cidade, também já se observa a presença do molusco

O caramujo africano é uma espécie exótica invasora. Tais espécies representam, atualmente, a segunda maior causa de perda de biodiversidade no Planeta. Só perdem para os desmatamentos. Além das doenças que pode transmitir, o caramujo ataca, destrói plantações e compete por espaços com outros moluscos da fauna nativa, podendo levá-los à extinção.

Doenças transmitidas pelo caramujo
O caramujo africano pode transmitir duas doenças:

1. Angiostrongilíase meningoencefálica humana
Sintomas: dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso

2. Angiostrongilíase abdominal
Causa perfuração intestinal e hemorragia abdominal (cujos sintomas são: dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos).

Contaminação
A ingestão ou a simples manipulação dos caramujos vivos pode causar a contaminação, pois os vermes são encontrados no muco (secreção) dos caramujos. Ao se instalar em hortas e pomares, o caramujo pode contaminar frutas, verduras e disseminar doenças. Mas não há motivo para pânico: basta orientar crianças sobre os cuidados que devem ter e lavar bem hortaliças e vegetais que serão consumidos in natura.

De onde veio o caramujo?
A espécie é nativa do leste e nordeste africanos e chegou ao Brasil na década de 80, como alternativa econômica. A idéia inicial seria comercializá-lo a um preço inferior ao escargot. Importado ilegalmente, foi introduzido em fazendas no interior do Paraná e escapou para o meio ambiente, adaptando-se perfeitamente em várias regiões brasileiras. Desde então, passou a ser chamado também de "falso-escargot".
 
Em Macaé os técnicos e agentes ambientais têm solicitado à população que não deixe nos terrenos telhas e tijolos, sobras de material de construção e mesmo excesso de plantas, pois servem de criadouros para o caramujo. Eles também recomendam que não seja usado nenhum tipo de veneno, pois não afeta o molusco e sim o meio ambiente.

Segundo o assessor especial da secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo do município, Hélio de Almeida, o combate às pragas urbanas tem sido feito ininterruptamente nas vias públicas, praças e terrenos baldios. Ele alerta que a ação da comunidade é muito importante no controle do caramujo, já que a meta é eliminá-lo do ecossistema. Ele recomenda cuidado ao coletar o molusco.

"Sempre que nossa equipe é chamada para capturar o caramujo, ela orienta a população a contribuir com a coleta, se protegendo com luvas ou sacos plásticos. Depois da coleta, os moluscos devem ser colocados em outro saco, com sal para desidratá-los, e recolhidos", ressaltou.
 

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