quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

VERGONHA NO ESTADO DO RIO:

PF faz operação no TCE contra

funcionários fantasmas

A contratação de funcionários fantasmas no Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE) está na mira do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além de servidores municipais cedidos, parentes de deputados e prefeitos do interior estariam lotados no órgão. A maioria, no entanto, nunca teria ido ao trabalho. Uma das atribuição do TCE é justamente fiscalizar o uso do dinheiro público pelos governos estadual e municipais do interior.
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Agentes em picapes descaracterizadas da Polícia Federal
copiaram a folha de pagamento e dados de
funcionários ativos, inativos e pensionistas |
A denúncia feita pela Procuradoria Geral da República deu origem à Ação Penal 691. Nela aparecem os nomes de quatro conselheiros do TCE que teriam ligações com a fraude. Entre eles, está o presidente do Tribunal, Jonas Lopes de Carvalho Jr.. O vice-presidente do TCE, Aluisio Gama de Souza, e os conselheiros José Gomes Graciosa e Julio Rabello completam a lista de suspeitos.

Nesta quarta-feira, agentes da Polícia Federal estiveram na sede do TCE, no Centro do Rio, para cumprir mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro do STJ José de Castro Meira. Após passar horas na Diretoria Geral de Informática (DGI), os policiais levaram cópia da folha de pagamento de ativos, inativos e pensionistas e de todo o banco de dados do sistema de Recursos Humanos do tribunal.
Fotos: Banco de Imagens
 Em nota, o TCE informou apenas que o tribunal estará “sempre pronto para atender toda e qualquer solicitação emanada do Poder Judiciário”.

Memória: Outra acusação
Esta não é a primeira denúncia contra o presidente do TCE que vai parar no Supremo Tribunal Federal. Em agosto, o subprocurador da República Carlos Eduardo Vasconcelos pediu a abertura de ação penal contra Jonas Lopes de Carvalho Jr. e outros dois conselheiros: José Gomes Graciosa e José Nader, que está aposentado.
Na ação, o subprocurador pede o afastamento de Jonas e Graciosa. Os três são acusados pelo subprocurador de receber propina de R$ 130 mil para aprovar as contas da Prefeitura de Carapebus, com a empresa de contabilidade Grupo SIM.

O esquema de corrupção foi alvo de CPI na Alerj, em 2009. O relatório final encaminhado ao STJ já recomendava a abertura de uma ação penal.

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