Empresário Marcos Valério
é preso por grilagem
de terra na Bahia
O empresárioMarcos Valério(foto), foi preso nesta sexta-feira em Minas Gerais por suspeita de grilagem de terras em São Desidério (BA) suspeito de comandar o esquema de propinas conhecido como mensalão, na manhã desta sexta-feira, em Belo Horizonte (MG). Ele foi detido em casa, no bairro Bandeirantes, região da Pampulha, por suspeita de grilagem de terras no município de São Desidério, na Bahia. Conforme a polícia, Valério usava fazendas inexistentes para dar golpes em empresas e na Fazenda Nacional.
Além do empresário, mais 15 pessoas foram presas por supostamente integrar um esquema ilegal de aquisição de papéis e grilagem de terras na cidade baiana, que tem uma área de 14 mil km². Entre os envolvidos estão empresários, funcionários públicos e advogados. Onze detenções ocorreram na Bahia, quatro em Minas Gerais e uma em Belo Horizonte.
"Os suspeitos montavam estruturas públicas, pegavam documentos originais e falsificavam. O Marcos Valério comprou diversas áreas na Bahia e fraudava documentos públicos para usá-los em golpes contra empresas e a Fazenda Nacional. Para negociar uma dívida de R$ 150 mil, por exemplo, ele usou cinco fazendas inexistentes. Os documentos eram ideologicamente falsificados e conseguimos comprovar a fraude em diversos casos", afirmou o delegado Carlos Ferro.
Os promotores de Justiça George Elias Gonçalves Pereira e Carlos André Milton Pereira revelaram que Marcos Valério atuava em conjunto com advogados e oficiais de cartório de registro de imóveis e notas. As fraudes vieram à tona em 2005, quando foram iniciadas as investigações pela Polícia Civil, que envolvem dez inquéritos.
A polícia cumpriu nesta manhã dez mandados de busca e apreensão e, dos 23 mandados de prisão expedidos, sete não foram concretizados porque os suspeitos fugiram. Marcos Valério foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte e seguiu para a Bahia. A operação, nomeada "Terra do Nunca", abrange também os Estados de São Paulo e Minas Gerais. Os acusados devem responder por falsificação de documentos, falsidade ideológica, corrupção e formação de quadrilha.
O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão.
Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, o ministro Joaquim Barbosa apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.
Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.
Além do empresário, mais 15 pessoas foram presas por supostamente integrar um esquema ilegal de aquisição de papéis e grilagem de terras na cidade baiana, que tem uma área de 14 mil km². Entre os envolvidos estão empresários, funcionários públicos e advogados. Onze detenções ocorreram na Bahia, quatro em Minas Gerais e uma em Belo Horizonte.
"Os suspeitos montavam estruturas públicas, pegavam documentos originais e falsificavam. O Marcos Valério comprou diversas áreas na Bahia e fraudava documentos públicos para usá-los em golpes contra empresas e a Fazenda Nacional. Para negociar uma dívida de R$ 150 mil, por exemplo, ele usou cinco fazendas inexistentes. Os documentos eram ideologicamente falsificados e conseguimos comprovar a fraude em diversos casos", afirmou o delegado Carlos Ferro.
Os promotores de Justiça George Elias Gonçalves Pereira e Carlos André Milton Pereira revelaram que Marcos Valério atuava em conjunto com advogados e oficiais de cartório de registro de imóveis e notas. As fraudes vieram à tona em 2005, quando foram iniciadas as investigações pela Polícia Civil, que envolvem dez inquéritos.
A polícia cumpriu nesta manhã dez mandados de busca e apreensão e, dos 23 mandados de prisão expedidos, sete não foram concretizados porque os suspeitos fugiram. Marcos Valério foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte e seguiu para a Bahia. A operação, nomeada "Terra do Nunca", abrange também os Estados de São Paulo e Minas Gerais. Os acusados devem responder por falsificação de documentos, falsidade ideológica, corrupção e formação de quadrilha.
O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão.
Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, o ministro Joaquim Barbosa apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.
Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.
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