segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Mabe, o museu que é também a história viva de Belém

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 12/01/2017 09:04

  • / ANIVERSÁRIO DE BELÉM / 12/01/2017 09:04

    Grande parte do acervo do Mabe se mantém exposta nos salões do Palácio, acessível ao público, que passa a conhecer, de perto, uma história que durante anos esteve escondida


Com um acervo de 1.580 obras, entre pinturas, gravuras, desenhos, esculturas e mobiliários, o Museu de Arte de Belém (Mabe), situado no Palácio Antônio Lemos, é considerado como uma referência para a história da cidade e da região Amazônica. Nesta quinta-feira, 12, ele completa 23 anos – juntamente com o aniversário da cidade.
Apesar de recente, o Mabe herdou o acervo pertencente à Intendência Municipal. Fundado em 1991, como um Departamento da Fundação Cultural do Município (Fumbel), o espaço hoje conta com duas salas de exposição (galerias) – que recebem mostras temporárias de curta duração –; cinco salas e dois salões, no andar superior do Palácio, onde se concentra a maior parte do acervo, exposta.
História da cidade – Um dos mais importantes acervos sobre a história de Belém está no Mabe. O quadro “A fundação da cidade de Belém” retrata a consolidação da colonização portuguesa na Amazônia. Do pintor Theodoro Braga, a obra foi apresentada aos paraenses em 1908. Nela estão representados os principais atores dessa empreitada, entre agentes coloniais, militares, comerciantes, religiosos, índios cativos e livres.
Além desta, outras obras valiosas estão no acervo, como telas de Antonio Parreiras; a coleção de aquarelas de Wambach e Alfredo Norfin; “O Seringal”, de Candido Portinari; entre outras. De acordo com a diretora do museu, Dora Lúcia Lourenço, as artes expostas são remanescentes do período extrativista da borracha (1860-1920). “O Mabe possui obras mais emblemáticas da cidade e essa conservação se dá especialmente devido ao trabalho dedicado dos profissionais envolvidos, que fazem, além do restauro, uma pesquisa documental”, explica.
Grande parte do acervo se mantém exposta nos salões do Palácio, acessível ao público, que passa a conhecer, de perto, uma história que durante anos esteve escondida. É o caso, por exemplo, do mobiliário de época, como cadeiras, poltronas, sofás, mesas e vitrines em madeira, com acabamento de mármore e douramentos. “O Palácio detém um conjunto de bens integrados preciosos, que o tornam uma edificação determinante da sua época”, explica Dora Lúcia. Todos os salões são ornamentados com objetos de arte, encomendados – em sua maioria – para o Palácio, transformando o ambiente e seu acervo num dos mais importantes da cidade na época e até hoje.
Cultura acessível
O Museu de Arte de desempenha um importante papel social, no desenvolvimento de suas atividades tradicionais como coleta, preservação e educação, e tem aumentado a interação com a comunidade. Diariamente, alunos do ensino Fundamental e Médio e artistas locais têm visitado os espaços do Mabe para conhecer mais sobre a história de Belém.
Rodrigo Silva, de 19 anos, é um dos frequentadores do Museu. Curioso como ele mesmo se define, o estudante conta que o fato de ter um espaço que agrega as informações Belém, dentro de um prédio histórico, enriquece a cultura. “Aqui a gente conhece uma realidade diferente do que é abordado em sala de aula”, disse.
Por estar localizado no centro histórico, próximo de outras instituições museológicas, ele atua como centro de atração de público. “O Mabe possui um significativo potencial de contribuição para a circulação de riquezas, sejam ela de saber, bens ou serviços. Suas atividades estimulam o turismo e incentivam as atividades econômicas no centro histórico de Belém”, avalia a diretora do museu.
Serviço:
O Mabe funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados e domingos, de 9 às 13h. As segundas-feiras são destinadas à conservação e manutenção do acervo. A entrada é gratuita.
Texto: Karla Pereira
Foto: Arquivo Comus
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)

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