segunda-feira, 30 de março de 2015

Belém comemora entrega da obra de restauração da Igreja do Carmo

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 23/03/2015 12:51

  • / PATRIMÔNIO / 23/03/2015 12:51

    Obras contemplaram peças sacras da Igreja do Carmo


Após dois anos de intervenções foi entregue, na manhã desta segunda-feira, 23, um dos mais belos patrimônios históricos e culturais da capital paraense: a Igreja do Carmo. Durante a cerimônia oficial de entrega estiveram presentes a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado; Dom Alberto Taveira, arcebispo Metropolitano de Belém; João Coral, diretor de Energia e Institucional Pará da Vale; a presidente da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), Heliana Jatene e representantes da Arquidiocese de Belém.
“A Igreja do Carmo passou por uma restauração completa, que envolveu desde a cobertura, que era a fonte dos principais problemas, até todo o tratamento dos elementos artísticos do seu interior. Foi um trabalho de dois anos, que é um tempo considerado curto, pelo tamanho e dimensão da obra que foi feita, em especial pela delicadeza e particularidade das intervenções”, explica Jurema Machado.
“Este trabalho vem a dar maior importância a toda ação que a Prefeitura de Belém vem exercendo na cidade, em relação a conservação e patrimônio histórico da capital”, comenta Heliana Jatene, lembrando dos projetos da PMB sobre as intervenções nos prédios e casarões antigos.
A intervenção realizada na Igreja do Carmo, desde 2013, teve caráter conservativo/restaurativo, que possibilitaram a preservação dos elementos construtivos e artísticos integrados: pisos, forros, pinturas, púlpitos, retábulos laterais e retábulo-mor. A restauração incluiu a recuperação integral da cobertura, do sistema de calhas e condutores, dos rufos. A fachada de pedra recebeu tratamento especial para recomposição de áreas com perda.
Para Dom Alberto Taveira, a reforma tem grande reconhecimento não apenas para os representantes da Arquidiocese, mas, principalmente, para todos os moradores e os que estão envolvidos no trabalho de políticas públicas, pois, “a Igreja também faz cultura”. “Toda a cidade se alegra neste momento, já que reconhece o que ocorre agora. A fé faz cultura, assim como forma pessoas e também educa para a arte”, conclui Taveira.
O projeto básico de restauração foi desenvolvido pelo Iphan-PA que assinou termo de cooperação com a Arquidiocese de Belém, e orientou tecnicamente o desenvolvimento do projeto executivo, além de orientar tecnicamente a equipe responsável pelar execução da obra.
Após os discursos dos responsáveis e representantes pela obra, houve a apresentação cultural da Orquestra de Cordas e do Coral do Programa Vale Música, além de uma exposição com fotos de fases de obras, organizada pelo artista plástico Armando Sobral e a entrega de certificados para os jovens que participaram da ação educativa, realizada pela Vale e a Arquidiocese, como monitores nas visitas às obras de restauração do prédio.
Dona Idelma do Socorro Almeida, de 61 anos, participou da cerimônia e festejou a conclusão das obras na Igreja. “Fico muito feliz em ver como ficou a Igreja, que tanto frequentei ao lado de meus filhos e marido”, disse a dona de casa, moradora do bairro da Cidade Velha. “Todos ganham com o restauro, principalmente, os moradores de Belém e os turistas que visitam a capital”, afirma.
Mercado de Peixe
Ainda hoje, a partir das 17h, será entregue também a obra de restauração do Mercado de Ferro do Ver-o-Peso.
Inaugurado em 1º de dezembro de 1901, o Mercado, com estrutura de ferro vinda de Londres e Nova York, foi montado pelos engenheiros Bento Miranda e Raimundo Viana. Consolidou-se como o principal cartão postal da cidade e um exemplar artístico da Belle-Epoque.
Em janeiro de 2010, o Iphan deu início à obra de restauração e conservação do Mercado de Ferro e do Mercado de Peixe do Ver-o-Peso. O projeto consistiu na restauração e conservação do edifício, com a execução de novas instalações elétricas, hidrossanitárias, proteção contra as descargas atmosféricas, banheiros, adequação às normas da vigilância sanitária e novo sistema de cobertura. O processo de restauração foi realizado em duas etapas, para não interferir no trabalho dos peixeiros e lojistas.


Texto: Adriana Pereira
Foto: Oswaldo Forte
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)

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