sábado, 29 de agosto de 2015

Conferência reúne mulheres para discutir políticas públicas na capital

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 29/08/2015 17:34

  • / PARTICIPAÇÃO E PODER / 29/08/2015 17:34

    III Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres em Belém discute o tema “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”.


Dezenas de mulheres de diferentes setores da sociedade reuniram-se neste sábado, 29, no auditório David Mufarrej, da Universidade da Amazônia (Unama) na Alcindo Cacela, em Belém, para a III Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres. Com o tema “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”, o evento foi realizado pela Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria da Mulher de Belém (Combel).
“A conferência é importante para tratar, principalmente, das políticas públicas dos próximos anos para as mulheres”, disse Noeme Barbosa,titular da Combel. “Como mulheres, gostaríamos de ter igualdade em todas as partes, principalmente na questão salarial. Mais respeito e valorização do nosso trabalho. E, assim como sugere o tema deste encontro, mais direitos e o poder reconhecido”, completou.
A iniciativa da Prefeitura de Belém mereceu elogios da secretária de articulação institucional e ações temáticas da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Rosali Scalabrin.“Fico feliz em ver a conferência com um auditório lotado e com a participação de mulheres de diferentes categorias, tais como da cultura afro-brasileira, lésbicas, mulheres jovens, idosas, negras e brancas. Isto nos anima a continuar avançando nas políticas públicas e melhorar a qualidade de vida não só do sexo feminino, mas de toda população”, pontuou Rosali. "Momentos como este, contribuem na discussão da politica nacional levando as necessidades das mulheres do Estado, particularmente as de Belém, em busca de articulações em parceria com o governo federal, para que as mesmas sejam cada dia mais efetivadas e tenhamos mais condições de resolução de questões relativas a este público", concluiu. Rosali morou, ainda criança no Pará, e anos depois mudou-se para o Acre, onde fundou a ONG feminista Rede Acreana de Mulheres e Homens (RAMH).
Após a cerimônia de abertura da conferência foram realizadas palestras, reuniões dos Grupos de Trabalhos Temáticos (GTT), apresentação das propostas por eixos temáticos e a eleição das delegadas à Conferencia Estadual de Políticas para as Mulheres. “A prefeitura de Belém, na gestão do prefeito Zenaldo Coutinho, percebe a importância das mulheres na sociedade e o tamanho do poder que elas têm, seja na condução de uma secretaria ou na realização de projetos. As mulheres têm direitos e poderes, e cabe a elas a decisão e a mudança do mundo, já que são a maioria na população”, finalizou a secretária executiva do Gabinete de Gestão Integrada do Munícipio (GGIM), Martha Falcoski.
Compondo a mesa de abertura da conferência, além de Noeme Barbosa, Rosali Scalabrin e Martha Falcoski, participaram Lucinery Helena Rezende Ferreira, da Promotoria de Violência Doméstica; professora Betânia Fidalgo, reitora em exercício da Unama; Leny Campelo, membro do Conselho da Confederação das Mulheres do Brasil; Kátia Marília, Presidente do Conselho da Condição Feminina e Kátia Andrade de Hadad, representando as associações afro-religiosas.
Números – Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013, indicam que viviam no Brasil 103,5 milhões de mulheres, o equivalente a 51,4% da população. Em 2014, o Instituto apontou que apenas quatro estados (Rondônia, Roraima, Amazonas e Pará) têm mais homens que mulheres e o Amapá tem um número equilibrado entre os dois sexos. Em 2012, eram oito estados com maioria masculina - Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. As mulheres também obtêm destaque hoje na escolaridade e o número de mulheres consideradas analfabetas teve redução. Ainda segundo o IBGE, adolescentes homens e mulheres com 15 anos ou mais de idade apresentavam taxas de analfabetismo próximas, mas a maior porcentagem era dos homens, com 9,8%, frente aos 9,1% entre as mulheres.
Texto: Adriana Pereira
Foto: Neldson Neves
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)

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