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Moradores da Nova Esperança reclamam da falta d'água, esgoto e segurança
Falta de água, esgoto que retorna para as casas, necessidade de creches e escola de nível médio, carência de unidades de saúde, correspondências que não chegam às residências, trocas de tiros devido à criminalidade. Esses foram os principais problemas levantados pelos moradores na sessão da Câmara Itinerante, na manhã deste sábado (29), na Nova Esperança. Cerca de 300 pessoas participaram do evento.
Esta edição da Câmara Itinerante foi solicitada pelo vereador Luciano Diniz (PT). Segundo ele, o bairro recebe desde 2007 obras de Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). “Sabemos que as obras do PAC tiveram qualidade, mas sempre se pode melhorar. É por isso que estamos aqui hoje”, disse o vereador. A tenda do evento foi montada na Rua Sergipe, em frente ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
“Pedimos a conclusão das obras da tubulação de água que vêm do Lagomar, pois hoje a água de Nova Esperança passa pela Nova Holanda e quando chega aqui já é escassa”, reivindicou Vagner Ferreira, presidente da Associação de Moradores de Nova Esperança (AMNE). “Queremos que se resolva esse problema porque é terrível você não ter água para dar banho numa criança, para fazer um arroz, porque a nossa água está vindo com água de fossa e já estamos adoecendo por causa disso”, desabafou a moradora Maria Francisca Barroso.
Vagner afirmou que isso ocorre devido a existência de canos quebrados, onde a água de fossa se infiltra porque a área é de mangue. O representante da Empresa Municipal de Saneamento (Esane), Rodrigo Mariano da Silva, explicou que o problema está ligado ao esquema de fossas de esgoto. “A região de mangue recebe o esgoto que vem das fossas, quando elas transbordam. As obras que estão sendo realizadas separando definitivamente a água do esgoto deverão resolver o problema”, disse.
Rodrigo ainda afirmou que o problema do esgoto retornando para as casas será resolvido quando se concluírem as obras do PAC substituindo o sistema de caminhões limpa-fossa. “O prefeito deu até dezembro para a Cedae ligar a linha 2 para que a água chegue diretamente”, acrescentou Alessandra Aguiar, secretária da Habitação.
Creches e correios
Quanto à reivindicação de creches, o secretário de Educação, Guto Garcia, respondeu que no Ciep Darcy Ribeiro serão utilizadas quatro salas para oito turmas. Ele lembrou ainda que o Estado é responsável pelo ensino médio e não tem tido condições de construir escolas. Afirmou que, em toda a cidade, Cieps ocupados pela rede municipal serão compartilhados com o Estado para disponibilizar mais salas de aula do nível médio.
Júlio Cesar Barros (PPL), o Julinho do Aeroporto, explicou que com a identificação das ruas, pelo sistema de correios comunitários, as casas do bairro poderão receber correspondência.
O morador Lindomar Correia reclamou das operações da Polícia Militar em horários nos quais há muitas pessoas nas ruas, com trocas de tiros. “Se querem combater o crime, que façam após a meia noite”. Lindomar criticou ainda a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Ciep do bairro. “Isso atrai situações perigosas para as crianças que estudam ali”. Guto Garcia respondeu que tentou reverter a situação mas não conseguiu. “A Secretaria de Segurança do Estado estabelece que as UPPs têm autonomia para se instalar onde for considerado necessário.
Ausência de vereadores
O presidente da Câmara, Eduardo Cardoso (PPS), lamentou a ausência de grande parte dos vereadores. Apenas sete participaram do evento. Ele justificou a ausência de Maxwell Vaz (SD), que compareceu para explicar que teve um imprevisto e não poderia permanecer. “Nas próximas edições faremos uma lista de presença dos vereadores”, afirmou.
Jornalista: Marcello Riella Benites
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