terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Inscrições para mostra de artes negras começam na segunda

2017-02-16 15:42:00 - Jornalista: Joice Trindade
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Foto de espetáculo de artes africanas no teatro municipal.
Foto: Maurício Porão
Programação é direcionada aos alunos das redes municipal, estadual e privada
Começam, na segunda-feira (20), as inscrições para a I Mostra de Artes Negras de Macaé. A programação é direcionada aos alunos das redes municipal, estadual e privada, além dos atendidos nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e unidades do Centro Municipal de Atendimento Especializado ao Escolar (Cemeaes). Os interessados podem se inscrever, até 19 de março, no site oficial da prefeitura neste endereço. A mostra será realizada, dia 21 de março, na Rinha das Artes.
Profissionais que atuam em escolas ou em outras instituições já podem preparar trabalhos artísticos inéditos. Podem se inscrever estudantes, a partir de três anos, da Educação Infantil, primeiro e segundo segmentos do Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos (Eja) e Ensino Médio.

Para a programação que faz parte do calendário da rede municipal, poderão ser apresentadas peças teatrais, dança, obras musicais, exposição de artes plásticas, produção cinematográfica curta, raps, poesias, capoeira, jongo, maculelê, maracatu, entre outras manifestações culturais com gêneros e estilos musicais africano.

A primeira edição da mostra tem proposta de integrar escolas, destacar a convivência harmoniosa, estimular a criatividade individual e coletiva, a produção coletiva e a socialização dos sucessos; promover a circulação de bens culturais; incentivar e divulgar os trabalhos e criação e manutenção de espaços de cultura, além de reforçar a descoberta de novos talentos.

Para participar, as escolas deverão seguir critérios como duração de apresentações, no máximo em cinco minutos, e o mesmo grupo poderá se apresentar até cinco vezes uma coreografia. Quanto ao figurino, todos deverão estar de tênis, sapatilha ou descalço. Caso haja músicas, elas devem ser gravadas em pendrive .Não serão permitidas apresentações com fogos, aves ou qualquer animal vivo, plantas ou objetos que atingir a plateia.

Os alunos serão avaliados por uma comissão formada por especialistas na área de artes e educação. Os critérios serão: criatividade, empatia, domínio coreográfico, fidelidade histórico cultural e interpretação.

A I Mostra de Artes Negras será realizada pela Secretaria Municipal de Educação, por meio da Secretaria Adjunta de Educação Básica, Superintendência de Educação Integrada, Coordenadoria de Programas e Projetos Educacionais com o Programa de Cultura Afro- brasileira e Indígena. Os professores e alunos com dúvidas sobre o festival devem comparecer na sala 216 do Programa de Cultura Afro-Brasileira. O setor funciona na sede da Secretaria de Educação, na rua Antero Perlingeiro, n° 402, Centro.

Programa Afro - A rede municipal vai reforçar as ações nas salas de aula junto ao programa de Cultura Afro-Brasileira e Indígena. A meta é instrumentalizar os educadores com as novas metodologias e informações para trabalhar com a temática das relações raciais, inserindo o indígena (Lei 11.645/2008).

Em Macaé, desde cedo, os alunos da Educação Infantil conhecem os assuntos ligados às relações raciais, por meio de trabalhos coletivos e individuais nas salas de aula. Já no Ensino Fundamental e Médio, os conteúdos são trabalhados nas disciplinas de Historia, Artes, Literatura e Língua Portuguesa, além de projetos interdisciplinares. Entre as escolas está a Engenho da Praia que desenvolve projetos ligados a africanidade e identidade, junto aos alunos do 6º ao 9º ano com dinâmicas, palestras e manifestações culturais.

A rede conta com a Coordenação do Programa de Cultura Afro-Brasileira e Indígena que intensificará, a partir de março, formações para profissionais da Educação com foco para Lei de Diretrizes Curriculares Nacional, relações étnico-raciais e na Lei 10.639/2003 que institui a obrigatoriedade do ensino da História e cultura Afro-Brasileira que está sendo abordada nas escolas municipais.

De acordo com o secretário de Educação, Guto Garcia, o objetivo é reforçar a formação integral voltada ao reconhecimento das etnias, diversidade cultural, conscientização e valorização da identidade.

Para oferecer subsídios aos professores, a equipe do programa seguirá um cronograma específico de visitas às escolas. A intenção é que os educadores recebam acompanhamento e suporte direcionados para trabalhar assuntos ligados à africanidade. Segundo a responsável pelo programa, Alice Lopes, Macaé segue a previsão de duas leis que visam a obrigatoriedade dos estudos de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena nas escolas.

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