terça-feira, 24 de outubro de 2017

Vigilância Sanitária promove curso de manipulação de pescado

2017-10-24 10:25:00 - Jornalista: Janira Braga Figueiredo
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Imagem de pessoas assistindo ao curso em auditório
Foto: Guga Malheiros
Fiscal sanitária orienta que instalações devem ser limpas antes e após a manipulação de alimentos
O limpador de peixe João Carlos Machado, de 67 anos, trabalha desde 1958 com pescado. Ele foi um dos cerca de 40 comerciantes de pescado, limpadores de peixe e descascadores do Mercado de Peixes que participaram, nesta segunda-feira (23), no paço da prefeitura, de treinamento em manipulação de pescado ministrado pela Coordenadoria especial de Vigilância Sanitária (Covisa).
- Sabemos manter a limpeza e a higiene, mas em treinamentos assim, sempre aprendemos mais - comentou Machado. Conservação de pescado para evitar contaminação, temperatura correta, uniforme e procedimentos para impedir contágio e apresentar um produto de qualidade foram abordados.

De acordo com o responsável pelo setor de alimentos da Vigilância Sanitária, Alexsandro Oliveira, o curso já foi ministrado e agora tem as técnicas relembradas. O objetivo é evitar a contaminação de alimentos e os riscos de doenças.

Segundo a fiscal sanitária Meire Gervásio, que ministrou o treinamento, o peixe é a proteína animal que deteriora mais rápido. "A contaminação é qualquer matéria estranha que não pertença ao alimento e alguns fatores podem acelerar esse processo, como umidade alta, contato com outro alimento, falta de hábito de higiene ao manipular", enumerou.

A fiscal alerta que manipuladores são quaisquer pessoas do serviço de pescado que entram em contato direto ou indireto com o alimento, desde o barco até a casa do consumidor. A contaminação cruzada, quando um alimento entra em contato com outra superfície contagiada, foi um dos riscos que a especialista chamou atenção.

- A contaminação pode ocorrer no barco, na evisceração ou filetamento, na falta de refrigeração adequada, na comercialização, no uso de embalagem imprópria - informou Meire, acrescentando que lavar as mãos, não deixar lixo próximo de alimentos, não utilizar utensílio de madeira são algumas maneiras de impedir o contágio.

Manter temperatura até quatro graus centígrados; garantir gelo em todo o pescado - por cima, por baixo e nas laterais; ter um ambiente limpo e higienizado; usar água de qualidade, inclusive no barco, onde deve também ser feito o controle de pragas e usar equipamentos de proteção individual foram algumas orientações fornecidas.

Limpadores de peixe e comerciantes aprovam treinamento
Além de João Carlos, o limpador de peixe José Willians, de 32 anos, aprovou o curso. "Conhecer e aprender mais é sempre bom", disse. A garantia para o freguês foi apontada pelo dono de banca Enilson Francisco, de 65 anos - 40 deles dedicados ao pescado - como ponto positivo do treino. "Temos sempre que reciclar nossos conhecimentos", citou.

A comerciante de pescado Adriana Alves, de 27 anos, frisou que o treinamento afeta diretamente o seu cotidiano. "Nossa meta é sempre prestar um bom atendimento com produtos de qualidade e para isso a higiene é prioridade", pontuou.

Qualquer comerciante que quiser tirar dúvida quanto à manipulação, transporte e armazenamento de alimentos ou também em caso de denúncia, pode ligar para a Vigilância Sanitária no telefone (22) 2762-0935, ou comparecer pessoalmente na Rua José de Aguiar Franco, 2.150, Costa do Sol, das 8 às 17 horas.

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