Gabinete de Gestão Integrada
busca ampliação do Prodesmar
Foto: Kaná Manhães
Reunião foi realizada nesta terça-feira (22)
A 33º câmera de monitoramento a ser instalada pelo Programa de Desenvolvimento Social de Macaé e Região (Prodesmar), parceria entre a Prefeitura, Petrobras e Secretaria de Estado de Planejamento do Rio de Janeiro, será fixada no trevo da BR-101. Durante a 26º reunião do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM-Macaé), realizada nesta terça-feira (22), no 32º Batalhão de Polícia Militar, foi apresentada a necessidade de ampliação do Prodesmar, visando à instalação de mais oito câmeras para Macaé, além das 20 previstas pelo Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) do Ministério da Justiça.
O coordenador do GGIM-Macaé, tenente coronel Edmilson Jório, acrescentou que o sistema de monitoramento se completa com a instalação de câmeras também em municípios vizinhos, como Rio das Ostras e Carapebus.
- Vamos buscar a ampliação do Prodesmar junto a Petrobras UO-BC para a instalação de mais câmeras, não só em Macaé, mas também nessas cidades. Instalamos 32 e vamos instalar a 33º na BR-101, que visa o emprego tático de fazermos um arco do município, mas que está exigindo uma estação repetidora devido à distância. Para que a vigilância em Macaé ocorra de forma completa é necessário buscarmos essa parceria para a instalação de mais 12 câmeras em Rio das Ostras e mais cinco em Carapebus, explicou.
A reunião do GGIM-Macaé – a última de 2011 - foi marcada pela apresentação de um balanço das ações realizadas ao longo do ano. Diversas autoridades do município e representantes dos órgãos de segurança participaram do encontro.
- Este é o quarto ano de funcionamento do GGIM, criado em maio de 2008. Em 2010 consolidamos sua função de facilitador entre a sociedade, administração municipal e forças de segurança. Já neste ano de 2011 nossa meta foi a instalação da tecnologia do Sistema de Videomonitoramento, que reúne as câmeras em diversos pontos do município, o Centro de Operações do 32º Batalhão de Polícia Militar (COBAT/32), acionamento de viaturas (GPS) e central de comunicações. A partir de fevereiro teremos a integração da chamada 190 – completa o coordenador.
Em 2011, a prefeitura também renovou o convênio com o Pronasci do Ministério da Justiça para a implantação de mais 20 câmeras, instalações do GGIM, de uma sala plena e uma de gerenciamento de crise. O Plano Municipal de Prevenção à Violência também continua em andamento. A ONG Viva Rio elaborou o diagnóstico e o esboço do Plano que está sendo conduzido agora pela equipe do Gabinete de Gestão Integrada Municipal.
- Na última semana nos encontramos com a advogada Regina Miki que está à frente da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça. Nosso objetivo foi passar para ela que Macaé é a cidade de onde sai a força motriz de energia deste país. Macaé é uma questão de segurança nacional. Uma cidade que abriga 15 mil estrangeiros e toda a cadeia produtiva de petróleo e gás da bacia de Campos. Em 2012, vamos apresentar dois projetos ao Senasp: um de videomonitoramento nas escolas e um de Sistema de Informação do Observatório de Segurança Pública – relatou Edmilson Jório.
O gerente de Comunicação e Segurança de Informação da Petrobras UO-BC, Lincoln Weinhardt, apresentou um panorama sobre a Bacia de Campos.
- Nos próximos 10 anos a Bacia de Campos ainda vai ser a maior região produtora do país, pela estrutura instalada e pela presença de óleo aqui. Temos mais uns 60 anos de petróleo na região. Depois de 34 anos, a Bacia de Campos continua ainda mais produtiva. O primeiro óleo do pré-sal saiu daqui, da P-34 no Espírito Santo. O interesse da Petrobras é antecipar a produção do pré-sal na região, com o Campo de Papa-Terra, que está localizado na área sul da Bacia de Campos (na região de Cabo Frio e Arraial do Cabo). É uma área com uma grande reserva de óleo extrapesado – explicou o gerente de Comunicação e Segurança de Informação da Petrobras UO-BC.
No aniversário de Niterói,
moradores dizem que não
há o que comemorar
Principais críticas são IPTU nas alturas,
teatro popular fechado há 3 anos
e precariedade na saúde
Os 438 anos de Niterói não foram comemorados com bolo nem velas por muitos moradores da cidade nesta terça-feira (22), data de aniversário da cidade. Com o Imposto Predial e Territorial mais caro do Rio de Janeiro, um teatro popular interditado há três anos, trânsito caótico, 3 mil desabrigados desde às chuvas de abril do ano passado e nenhuma unidade habitacional construída desde então, o governo do prefeito Jorge Roberto Silveira recebe dezenas de críticas de muitos niteroienses.
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Niterói, vereador Renatinho (Psol), a cidade vive um momento difícil diante de uma administração cujas prioridades "não são melhorias para a população".
"A cada dia que passa, o prefeito de Niterói envia um novo projeto permitindo alterações no gabarito da cidade à Câmara Municipal. Assim, a cidade cresce a olhos vistos, mas o prefeito não investe em infraestrutura, pavimentação, nada", aponta o parlamentar.
O quesito Saúde é o que mais tem deixado a desejar, segundo Renatinho:
"A Policlínica Sílvio Picanço está com elevadores quebrados e em péssimo estado de conservação. O cenário não é diferente no Hospital Carlos Tortelli, onde a emergência não funciona. Ou seja, o povo de Niterói só pode ser atendido no Hospital Azevedo Lima, onde as filas são quilométricas, já que o Antônio Pedro (hospital federal) teve sua emergência fechada".
Para a estudante Tamiris de Souza, 23 anos, moradora do bairro Fonseca, o trânsito da cidade também dá evidências diárias de que precisa de investimentos.
"Alguma atitude precisa ser tomada o quanto antes para que o trânsito de Niterói não piore ainda mais. A cidade está crescendo e nenhuma medida viária é adotada. Há uns três anos os engarrafamentos eram mais frequentes nos horários de rush. Hoje em dia, ocorrem em qualquer horário", queixou-se.
Falta de verba orçamentária não é desculpa para a ausência de investimentos, segundo o vereador petista Waldeck Carneiro:
"O orçamento de Niterói gira em torno de R$ 1,5 bilhão. Dinheiro nos cofres públicos tem. Mas a prioridade do prefeito não é com melhoria de serviços para o povo, mas sim com as empreiteiras e empresas de ônibus", afirmou.
"Passados 20 meses das chuvas de abril, quando quase 200 pessoas morreram soterradas num deslizamento de terra, não há uma unidade habitacional construída. A prefeitura teve uma ideia mirabolante de construir um magabairro numa área de preservação ambiental. Só isso", disparou o vereador. "Niterói tem a comemorar a criatividade de seu povo, que tem suportado os problemas e enfrentado os desafios. É a nossa travessia do deserto que será concluída com a derrota do atual prefeito nas eleições do ano que vem".
Na contramão de seus colegas de Câmara Municipal, o parlamentar Leonardo Jordano (PT), acredita que o aniversário da cidade deve, sim, ser comemorado.
"Não posso reduzir esta cidade à mediocridade de seu governo. Niterói tem praias maravilhosas, como as de Itacoatiara e Icaraí, além de aparelhos públicos culturais muito importantes. O abandono que a cidade vive hoje será banido quando um novo governante for escolhido nas próximas eleições", afirmou.
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