Lembranças dos professores do Paraná a quem tira selfies com PMs. Por Kiko Nogueira
Postado em 29 abr 2015
Uma boa frase está repercutindo no Twitter: “Em protesto pela intervenção militar você é tratado com educação. Em protesto pela educação você é tratado com intervenção militar.”
Os manés que tiram selfies com PMs em manifestações anti Dilma deveriam, daqui por diante, guardar na mente a selvageria com que foram tratados os professores grevistas no Paraná.
Para cada clique sorridente com um soldado da tropa de choque, que venha uma imagem como esta:
Ou como esta:
Ou ainda esta:
Fala-se em 140 manifestantes feridos por golpes de cassetetes, balas de borracha e mordidas de cachorros. De acordo com a prefeitura, 35 pessoas foram encaminhadas a hospitais. Sete foram presas.
Beto Richa, numa nota cínica, atribuiu a culpa da pancadaria aos “black blocs”, essa entidade responsável pelas enchentes, pela dengue, pela calvície e pelo terremoto no Nepal. Richa ainda declarou que há vídeos mostrando “mochilas contendo pedras e também imagens de coquetel molotov”.
O secretário de segurança pública, o deputado Fernando Francischini, do Solidariedade, ex-delegado da PF, é um sujeito que apareceu num programa de TV com um revólver na cintura, superando o padrão Bolsonaro. Você precisa ser muito ingênuo para achar que não havia uma orientação superior para a PM reagir como reagiu.
Um cinegrafista da Band filmou o ataque de um pitbull a ele mesmo. O bicho só largou sua coxa quando o policial puxou a coleira. Ele foi atendido no local por outros jornalistas.
Essa é a corporação que posa para fotografias com incautos que pedem o fim da ditadura bolivariana.
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