No Dia Internacional da Igualdade Feminina, elas mostram que fazem a diferença
Da Redação - Agência Belém de Notícias - 26/08/2016 10:44
Filha, mãe, esposa, dona de casa e profissional. Esse novo perfil feminino não fazia sentido há certo tempo, quando a imposição era: “lugar de mulher é na cozinha”. Hoje é a realidade do cotidiano de milhares de mulheres, que ao longo dos anos se transformou graças à luta por igualdade. Nesta sexta-feira, 26, se celebra o Dia Internacional da Igualdade Feminina, data que marca a conquista do exercício do civismo feminino.
Aos 37 anos, Alice Coelho é advogada, mãe de um menino de pouco mais de 1 ano e meio, esposa, e tem ainda a missão de comandar uma secretaria municipal. Entre tantas tarefas, ela afirma que uma coisa não pode sobrepor a outra. Da mesma forma que acredita que a mulher veio conquistando seu espaço paulatinamente, defende que as novas gerações também devem ser incentivadas para isso. Alice ensina o filho que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”.
“Sou de uma família de muitas mulheres. Minha avó teve cinco filhas e minha mãe teve três. Mas cresci ouvindo que eu precisava ter minha autonomia, que casamento não faz a mulher, a mulher é que se faz”, conta Alice, que defende a ideia de criar o filho quebrando o paradigma da desigualdade entre homens e mulheres. “Eles são os cidadãos de amanhã. E nós temos que criá-los conscientes e responsáveis”, afirma.
Iracema das Mercês Silva, de 58 anos, há mais de 30 trabalha na Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan). Quem a vê calada, concentrada no trabalho, não faz ideia da grande responsabilidade que ela tem como administradora de almoxarifado do Departamento de Resíduos Sólidos.
“Comecei minha vida profissional como gari. Varria 12 travessas do centro de Belém todos os dias. Era uma missão difícil, mas eu precisava ajudar meu marido com as despesas de casa, afinal já tínhamos a primeira filha”, conta Iracema. Com o passar dos anos, ela foi ganhando reconhecimento e acumulando outras funções na secretaria. “A vida foi mudando para melhor, tive oportunidades de crescer, fazer alguns cursos dentro da área administrativa e hoje estou aqui, com essa responsabilidade de chefiar pessoas que desempenham funções que um dia eu também desempenhei, além de controlar saída e entrada de materiais neste órgão”, conta.
Apesar de ainda persistir desigualdade entre gêneros, as mulheres foram conquistando espaço em áreas como a política, as Forças Armadas, a construção civil e outras historicamente dominadas por homens. Para a arquiteta Annete Klautau, de 51 anos, esses paradigmas foram sendo quebrados com talento, responsabilidade e honestidade.
“Aos poucos a mulher está quebrando barreiras de posições, salários e influências. Sabemos que a mulher pode gerir situações com inteligência e sensibilidade, sem perder o foco da sua atuação. Infelizmente, ainda existe um desequilíbrio em salários, poder e representatividade, mas tenho certeza que é mais uma barreira para superarmos”, afirma a arquiteta.
Violência - A data de hoje também é uma forma de conscientizar a população para o combate à violência sofrida pelas mulheres. A Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria da Mulher (Combel), promove palestras, seminários, ações voltadas para os cuidados com a saúde feminina e promove o incentivo à denúncia e o combate à violência doméstica. A Coordenadoria foi a responsável por articular a criação de um dispositivo, o S.O.S Mulher, que visa a redução dos crimes.
Qualificação – Em Belém, por meio do Fundo Ver-o-Sol, muitas mulheres foram qualificadas nos cursos gratuitos de garçonete, informática, manicure, artesanato, maquiagem, eletricista, encanador, artesanato e construção civil, entre outros.
Texto: Karla Pereira
Foto: Adriano Magalhães / Arquivo - Agência Belém / Uchôa Silva-Agência Belém
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)
Foto: Adriano Magalhães / Arquivo - Agência Belém / Uchôa Silva-Agência Belém
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