AAJR e sindicatos se unem para alertar população sobre ataques a direitos
A Associação dos Aposentados de Jundiaí e Região realizou na manhã da última terça-feira (9) uma reunião intersindical para debater os projetos do governo interino de Michel Temer que atacam a Previdência Social Pública e direitos trabalhistas históricos. Mais de 40 representantes de Sindicatos estiveram presentes ao encontro que deliberou propostas no intuito de mobilizar todas as categorias trabalhistas de Jundiaí e Região.
“O país vive um momento de definições anunciando que num curto espaço de tempo haverá de fato a retirada de direitos trabalhistas num ataque sem precedentes na história do país. É um verdadeiro ataque a direitos históricos que muita gente só vai perceber quando se tornar lei e, infelizmente, for tarde demais para reverter. Nossa Associação reuniu esses sindicatos para consolidar a Unidade nas mobilizações nacional e local", disse a presidente da AAPJR, Fé Juncal, destacando os ataques contra a Previdência, como o fim da pasta como Ministério, a desvinculação do salário mínimo com o piso dos benefícios previdenciários, acabar com o reajuste automático das aposentadorias e a idade mínima para aposentadoria.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, Douglas Yamagata, disse que embora a questão seja de nível nacional, é de suma importância a mobilização local. “Precisamos criar essa resistência a partir dos municípios. Não podemos deixar que políticos corruptos e golpistas acabem com uma história secular de luta dos trabalhadores e de aposentados. Nossa meta é criar focos de resistência em toda a região e com todas as categorias”, afirma. Precisamos cobrar uma posição dos políticos locais. O deputado da mesma legenda cria um projeto absurdo e o político local se faz de desentendido. Temos que começar essa luta a partir das cidades”, disse o advogado Vladimir Tavares, do Sindicato dos Bancários.
A também advogada Rose Gouvea disse que além de absurdos, os projetos que propõem essas reformas são inconstitucionais. Segundo ela, é importante que os movimentos sociais também se unam a essa luta. “Os grupos que historicamente já são estigmatizados, como as feministas, os LGBT, os negros e a periferia devem participar desse movimento, porque se trata de uma grande injustiça social”. A vereadora Marilena Negro disse que o momento é oportuno para que os candidatos nas eleições municipais sejam sabatinados sobre o tema. “Precisamos chamar essas pessoas, que só aparecem em época de campanha, e saber o que de fato elas querem para Jundiaí”.
Rasteira histórica Segundo Douglas, o trabalhador brasileiro está prestes a levar uma rasteira histórica. “O movimento sindical brasileiro é um dos mais organizados e respeitados do mundo. Um dos objetivos do governo Temer é exterminar nossa força de organização, deixando o trabalhador sem nenhuma defesa com projetos como os que propõem a terceirização, reduzem jornada e salários, retiram o poder de negociação coletiva, suspendem contratos, retiram o poder de fiscalização do Ministério do Trabalho e propõem o fim da CLT”.
O presidente do Sindicato dos Gráficos de Jundiaí e Região, Leandro Silva, disse que trabalhadores e aposentados nunca sofreram uma ofensiva como esta. “Independente da corrente que seguimos, essa luta é uma bandeira de todos os trabalhadores brasileiros que serão afetados diretamente. Precisamos de muita união e precisa ser agora”. A mesma fala veio do representante do Sindicato Comerciários, José Benedito Arruda.
O presidente do Sindicato Alimentício, Edilson Carvalho, disse a importância da criação de cartilha unificada e ocupar as mídias (rádio, TV e jornais) para divulgar e empoderar o trabalhador, o aposentado de informações sobre os ataques aos direitos trabalhistas e Previdência. A mesma fala foi consolidada pelo vice-presidente do Sindicato da DAE, Rodney para o movimento sindical ocupar as redes sociais.
Diretor do Sindicato de Alimentação, Marcos Tebom disse que o envolvimento dos sindicatos, aposentados e movimentos sociais será a forma de barrar os ataques aos direitos trabalhistas e da Previdência. Ele informa que as oito maiores Centrais Sindicais deliberaram no dia 26/07 o plano de luta com Ato na avenida Paulista que acontece no dia 16 de agosto. Antonio Alves, presidente da Federação dos Aposentados, Pensionistas do Estado de SP – FAPESP, disse que em muitas cidades a economia gira em torno do sistema da Previdenciário o que, mantém a economia local. O que será deste segurado amanhã? Como será a sobrevivência do aposentado com a extinção do Ministério da Previdência e a retirada de direitos desse aposentado. Temos que ocupar os espaços, levar até o trabalhador da ativa a importância da unidade. Por isso, e por muito mais acredito nesse movimento intersindical de Jundiaí que demonstra a que veio.” afirma.
Bandeira única Durante o encontro, 08 (oito) propostas foram deliberadas, entre elas a criação de uma Comissão Intersindical, a elaboração de uma cartilha especial unificada, que será distribuída em toda a região e a divulgação desses projetos nas mídias locais e nas redes sociais. O encontro também deliberou uma caravana para o grande ato que acontece dia 16 na Avenida Paulista com a pauta de “ Garantias de direitos Nem um Direito a Menos” . Antes, nesta quinta-feira, dia 11, a partir das 13h, será realizada na sede do Sindicato dos Químicos-SP uma audiência pública sobre direitos dos trabalhadores. O evento é organizado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, que tem como presidente o senador Paulo Paim (PT). Está prevista a presença do Senador.
Mais informações podem ser obtidas na Associação dos Aposentados de Jundiaí e Região - AAJR, filiada à COBAP, pelo telefone 11-45831195
Fonte: Movimento Intersindical e de Aposentados de Jundiaí
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