segunda-feira, 30 de maio de 2016

FLORES DA SENZALA DESENVOLVE ORALIDADE DAS CRIANÇAS DE MACHADINHA, EM QUISSAMÃ

ESCRITO POR COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL EM . PUBLICADO EM CULTURA E TURISMO

HÁ UM ANO O PROJETO TEM COLABORADO NA LEITURA DAS CRIANÇAS QUILOMBOLAS

(Foto: Andréa Pessanha/PMQ)Projeto Raízes da Senzala- (Foto: Andréa Pessanha/PMQ)Já dizia o velho ditado popular "Quem conta um conto, aumenta um ponto". É assim que a garotada da comunidade quilombola da Fazenda Machadinha tem aprendido a narrar contos tradicionais de Quissamã, através das histórias passadas por moradores antigos da localidade. Trata-se do Projeto Raízes da Senzala, desenvolvido no Memorial Machadinha pela diretora do espaço, Dalma Ricardo, todas às quintas, das 15h às 17h, atendendo 15 crianças de 3 a 12 anos de idade.
A diretora do Memorial de Machadinha, que também é contadora de histórias, explica que iniciou o Projeto Flores da Senzala em maio do ano passado, quando assumiu a direção do espaço. "O projeto foi inscrito no Programa Favelas Criativas da Secretaria de Estado de Cultura, através da Associação de Remanescentes do Quilombo de Machadinha, e em janeiro desse ano ganhou um prêmio de 12 mil reais que nos proporcionou adquirir novos instrumentos e roupas para a oficina de jongo para crianças", explicou.
Além da oficina de contação de histórias, o Projeto Flores da Senzala contempla as oficinas de jongo mirim, que acontecem aos sábados, das 10h30 às 11h30, com o Mestre Leandro Firmino; de artesanato, às sextas-feiras, das 15h às 17h; e em breve, a de fado mirim.
Dalma revela ainda que a proposta desse projeto é valorizar toda a conquista do povo negro após o fim da escravidão, em 1888 através da Lei Áurea, e confirmar a identidade cultural, mantendo viva as raízes da história. "O objetivo da oficina de contação de histórias é conscientizar as crianças a pesquisar e entender melhor a pluralidade e diversidade cultural do nosso povo", destacou a diretora do Memorial de Machadinha.

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