28/07/2014 - 13h47 28/07/2014 13:47:00
Queda de avião na Ucrânia pode ser considerado crime de guerra, diz ONU
Da Redação com Agências |
A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou nesta segunda-feira (28) que o ataque do avião da Malaysia Airlines por um míssil, no Leste da Ucrânia, pode ser considerado “crime de guerra” e exigiu investigação independente e rápida para que os culpados sejam encontrados e julgados.
"Essa violação da lei internacional, dadas as circunstâncias, pode ser considerada crime de guerra", disse a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, acrescentando que “tudo será feito” para que os responsáveis pela tragédia, que matou 298 pessoas em 17 de julho, sejam julgados, “sejam eles quem forem”.
Navi Pillary ressaltou ser imprescindível que um inquérito “rápido, minucioso, eficaz e independente possa ser feito sobre o caso". O voo MH17 partiu de Amsterdã, capital da Holanda, e pousaria em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A bordo estavam 193 holandeses, boa parte deles cientistas que trabalhavam em pesquisas sobre o vírus da aids. O avião foi abatido quando sobrevoava uma região controlada por rebeldes que querem anexar o Leste da Ucrânia à Rússia.
A alta comissária classificou o acirramento do conflito nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk de “extremamente alarmante”, com os dois lados usando armamento pesado como artilharia, tanques, foguetes e mísseis. "Os dois lados devem impedir que mais civis sejam mortos ou feridos", apelou às partes. Na semana passada, a Cruz Vermelha Internacional anunciou oficialmente que o conflito no Leste da Ucrânia é uma guerra civil. Essa classificação permite processos por crimes de guerra.
Um relatório divulgado hoje pela ONU, em Genebra, indica que o confronto entre as formas militares do governo e os separatistas tenha matado 1.129 pessoas e ferido 3.442 desde meados de abril. De acordo com o documento, os grupos rebeldes lutam sob um comando unificado de líderes que, em muitos casos, têm nacionalidade russa.
"O que antes eram grupos armados anarquistas com diferentes lealdades e agendas estão hoje unidos sob um comando central", informa o relatório da ONU. Além disso, o documento informa que "seus líderes, muitos dos quais são de nacionalidades da Federação Russa, estão treinados e têm experiência em conflitos como os da Chechênia e da Moldávia".
Sobre as investigações da queda do avião, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, defendeu hoje que a missão internacional de investigação ao acidente do avião malásio deve ser acordada com as Nações Unidas. “Partimos da base de que essa investigação deve começar o mais cedo possível sob a égide da ONU”, ressaltou, ao manifestar também que seu governo está preocupado em relação à possibilidade de manipulação de provas para que se aponte o apoio russo na derrubada do avião.
Em relação à falta de acordo para o fim do conflito, Lavrov disse que Sobre o chefe da diplomacia russa apontou como responsável a recusa do governo da Ucrânia de dialogar com os rebeldes pró-russos do Leste do país. Segundo ele, o presidente ucraniano Petro Porochenko não apresentou um plano de paz, mas um ultimato, no qual oferece apenas duas opções aos separatistas: a rendição ou a aniquilação.
C/ AGÊNCIA BRASIL
YR
A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou nesta segunda-feira (28) que o ataque do avião da Malaysia Airlines por um míssil, no Leste da Ucrânia, pode ser considerado “crime de guerra” e exigiu investigação independente e rápida para que os culpados sejam encontrados e julgados.
"Essa violação da lei internacional, dadas as circunstâncias, pode ser considerada crime de guerra", disse a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, acrescentando que “tudo será feito” para que os responsáveis pela tragédia, que matou 298 pessoas em 17 de julho, sejam julgados, “sejam eles quem forem”.
Navi Pillary ressaltou ser imprescindível que um inquérito “rápido, minucioso, eficaz e independente possa ser feito sobre o caso". O voo MH17 partiu de Amsterdã, capital da Holanda, e pousaria em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A bordo estavam 193 holandeses, boa parte deles cientistas que trabalhavam em pesquisas sobre o vírus da aids. O avião foi abatido quando sobrevoava uma região controlada por rebeldes que querem anexar o Leste da Ucrânia à Rússia.
A alta comissária classificou o acirramento do conflito nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk de “extremamente alarmante”, com os dois lados usando armamento pesado como artilharia, tanques, foguetes e mísseis. "Os dois lados devem impedir que mais civis sejam mortos ou feridos", apelou às partes. Na semana passada, a Cruz Vermelha Internacional anunciou oficialmente que o conflito no Leste da Ucrânia é uma guerra civil. Essa classificação permite processos por crimes de guerra.
Um relatório divulgado hoje pela ONU, em Genebra, indica que o confronto entre as formas militares do governo e os separatistas tenha matado 1.129 pessoas e ferido 3.442 desde meados de abril. De acordo com o documento, os grupos rebeldes lutam sob um comando unificado de líderes que, em muitos casos, têm nacionalidade russa.
"O que antes eram grupos armados anarquistas com diferentes lealdades e agendas estão hoje unidos sob um comando central", informa o relatório da ONU. Além disso, o documento informa que "seus líderes, muitos dos quais são de nacionalidades da Federação Russa, estão treinados e têm experiência em conflitos como os da Chechênia e da Moldávia".
Sobre as investigações da queda do avião, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, defendeu hoje que a missão internacional de investigação ao acidente do avião malásio deve ser acordada com as Nações Unidas. “Partimos da base de que essa investigação deve começar o mais cedo possível sob a égide da ONU”, ressaltou, ao manifestar também que seu governo está preocupado em relação à possibilidade de manipulação de provas para que se aponte o apoio russo na derrubada do avião.
Em relação à falta de acordo para o fim do conflito, Lavrov disse que Sobre o chefe da diplomacia russa apontou como responsável a recusa do governo da Ucrânia de dialogar com os rebeldes pró-russos do Leste do país. Segundo ele, o presidente ucraniano Petro Porochenko não apresentou um plano de paz, mas um ultimato, no qual oferece apenas duas opções aos separatistas: a rendição ou a aniquilação.
C/ AGÊNCIA BRASIL
YR
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