SUCESSO DE PÚBLICO NA IV FEIJOADA DA LIBERDADE NA MACHADINHA, EM QUISSAMÃ
O EVENTO FOI PRESTIGIADO POR MORADORES LOCAIS E VISITANTES DE MUNICÍPIOS VIZINHOS
O presidente da Associação de Remanescentes do Quilombo de Machadinha (Arquima), Wagner Nunes, disse que a Feijoada da Liberdade superou as expectativas da organização, deixando a comunidade animada e agradecida com as palavras de força e respeito por parte dos visitantes que amam a cultura local.
"Machadinha mais uma vez provou que a nossa garra é que faz o nosso lugar. O evento foi da comunidade para todos. Gostaria de agradecer às pessoas que nos prestigiaram, os patrocinadores e o apoio da secretaria de Estado de Cultura e da Prefeitura de Quissamã", avaliou.
A Feijoada da Liberdade faz parte do Programa Territórios em Rede e do Favela Criativa, ambos da Secretaria de Estado de Cultura, com apoio da Prefeitura de Quissamã, por meio da Coordenadoria de Cultura e Turismo. Ao longo do ano é montado um cronograma de atividades religiosas e festivas com o objetivo de divulgar a tradição cultural da comunidade quilombola.
Alunos do curso do Instituto Federal Fluminense-IFF também visitaram evento durante uma aula de campo da disciplina História, com o professor Rogério Ribeiro, passando também por outros espaços como Mato de Pipa e Museu Casa Quissamã. "Viemos pela manhã com um grupo e agora à tarde com outros alunos do curso de Informática e de Eletromecânica por conta da disciplina Educação Patrimonial, que enfatiza a valorização histórica-cultural de Quissamã", destacou o professor, enquanto percorria o Memorial e a Capela Nossa Senhora do Patrocínio.
Após o almoço, foi realizada no pátio em frente à Casa de Artes, a contação de histórias com Dona Preta e Dona Gerusa, moradoras antigas da localidade, que tem passado de geração a geração contos tradicionais da comunidade tais como "História de Joaquim Reis" e "O Lobisomen". "Realizamos esse trabalho de contação de histórias através do Projeto Flores da Senzala, que ajudam nossas crianças a entenderem melhor suas origens, além de colaborar no desenvolvimento da leitura e da escrita", explicou a diretora do Memorial de Machadinha, Dalma Ricardo.
Na sequência, aconteceu o Cortejo do Boi Malhadinho; a oficina de Jongo Mirim, ministrada pelas crianças da própria comunidade; a seguir, a Roda de Conversa com o tema "Vivências quilombolas"; já ao anoitecer o ascendimento da fogueira; logo depois, a animada Roda com o Grupo de Jongo Tambores de Machadinha; e às 20h, o encerramento.
A assessora de Cultura e Turismo, Mariana Barcellos, ressalta que este encontro simboliza a união e o fortalecimento da comunidade Quilombola de Machadinha."Neste tipo de evento os visitantes tem a oportunidade de conhecer o patrimônio histórico e cultural, e as manifestações tradicionais preservadas, como a típica feijoada, as histórias que estão sendo repassadas de geração em geração, bem como o jongo que está sendo difundido pelos mestres às crianças que frequentam a oficina de jongo mirim, no Memorial Machadinha", salientou.
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