quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Ônibus: Paes critica Haddad sobre tarifa

“O Rio de Janeiro não vai pegar dinheiro público e botar em empresa de ônibus", disse o prefeito carioca
O Rio não desrespeita contratos, diz Paes / Néstor J. Beremblum/Brazil Photo Press/FolhapressO Rio não desrespeita contratos, diz PaesNéstor J. Beremblum/Brazil Photo Press/Folhapress
Ao ressaltar que a mudança no preço das passagens de ônibus do Rio de Janeirodepende de uma determinação do TCM (Tribunal de Contas do Município), o prefeito Eduardo Paes alfinetou a administração da prefeitura deSão Paulo, que subsidia tarifas do setor. Ao comentar ações, consideradas por ele como “populismo barato”, Paes afirmou que não irá implantar o modelo na capital fluminense. “O Rio de Janeiro não vai pegar dinheiro público e botar em empresa de ônibus. A nossa passagem aqui pode se equilibrar. Não vou deixar chegar a herança que o Haddad [prefeito de São Paulo] tem lá, que é de R$ 1,5 bilhão, que podia estar ser aplicado em saúde, educação, e ‘tá’ botando em mão de empresário de ônibus . Eu não vou fazer isso com a cidade do Rio de Janeiro”.

O comentário foi feito após a Associação das Empresas de Ônibus do Rio divulgar nota em que declara preocupação com a falta de definição sobre o reajuste das tarifas para 2014. De acordo com a Rio Ônibus, no dia 1º de janeiro, serão completados dois anos sem o reposicionamento do valor da passagem, o que facilitaria o equilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão com empresas em novembro de 2010.

Em julho, o Executivo municipal recuou após mais de 1 milhão de pessoas protestarem nas ruas do centro contra um reajuste de 20 centavos. Atualmente, a passagem custa R$ 2,75.

Paes diz que a cidade não pode ser transformada em um local onde os contratos não são respeitados, mas ressaltou a importância da auditoria do TCM. “É uma fiscalização que auxilia a prefeitura. Agora é cobrar celeridade do tribunal para a gente ter essa posição o mais rápido possível e a gente [poder]ver o que faz. Eu não quero transformar a cidade [do Rio] numa que não cumpre contratos. A gente, infelizmente, vê isso acontecer pelo Brasil e vê que mal isso faz”.

Segundo a Rio Ônibus, o reajuste na tarifa é importante para manter os investimentos e equilibrar as elevações de custos, como aumentos no preço do diesel.

Na semana passada, cerca de 500 pessoas se reuniram no centro da capital fluminense em protesto contra a ameaça de aumento da tarifa para até R$ 3,05. O novo valor não é confirmado pela prefeitura, que aguarda o parecer do TCM.

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