terça-feira, 29 de abril de 2014

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 Atualizado em terça-feira, 29 de abril de 2014 - 20h03

Protesto com 3 mil termina em confronto em SP

Sem-teto reivindicaram a votação urgente do novo Plano Diretor Estratégico, em tramitação na Câmara desde setembro do ano passado
Protesto teve objetos queimados em São Paulo / Renato S. Cerqueira/Futura Press/FolhapressProtesto teve objetos queimados em São PauloRenato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress
Manifestantes sem-teto e aPolícia Militar (PM) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM)entraram em confronto no final da tarde desta terça-feira após a votação do Plano DiretorEstratégico (PDE) da cidade de São Paulo ter sido suspensa pelos vereadores da Câmara Municipal. Cerca de três mil reivindicaram a votação urgente do novo plano, em tramitação na Câmara desde setembro do ano passado. 

Os manifestantes atearam fogo a pneus e lixeiras e também atiraram objetos contra as portas e janelas da sede da Câmara, localizada no centro da capital. As portas do local foram fechadas, segundo a assessoria da Casa e a Polícia Militar, para evitar confusão, já que vários manifestantes acompanharam a sessão plenária dentro do prédio. 

Policiais reagiram com jatos de água e bombas de gás contra os manifestantes. A PM informou que tentou dispersar os manifestantes para que os bombeiros pudessem chegar no Viaduto Jacareí e iniciar os trabalhos de contenção das chamas no local, para permitir a liberação da rua Dona Maria Paula, que foi interditada.

Por meio das redes sociais, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)  disse que a PM, acompanhada da guarda metropolitana, “despejou bombas e gás lacrimogêneo sobre os sem-teto e munícipes que acompanhavam do lado de fora a votação do plano diretor”. Segundo o movimento, embora a situação já esteja mais calma, “mais uma vez o povo é alvo e vítima da truculência. A culpa por esse incidente é dos vereadores que, no intuito de fazer uma votação na calada da noite, longe dos olhos de todos, adiaram a votação para a meia-noite, o que revoltou muitos companheiros e companheiras que acompanham a sessão”, diz o MTST.

Segundo a Câmara Municipal, a intenção da liderança do governo era votar o plano diretor em primeira discussão hoje, mas o projeto ainda precisa da aprovação de cinco comissões da Casa antes de ter condições de ir para votação em plenário.  O regimento interno permite que essa votação seja feita em uma reunião conjunta dos colegiados, mas como a leitura dos votos em separado atingiu o limite de 75 minutos, previsto pelo regimento, a reunião foi suspensa. O presidente da Câmara, o vereador José Américo (PT), decidiu então adiar a votação para amanhã (29), quando os votos em separado e pareceres das comissões serão publicados no Diário Oficial, o que possibilitará a apreciação do plano diretor pelas comissões.

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