terça-feira, 8 de julho de 2014

Campanha com temperatura aquecida

Publicado em 07/07/2014


Pablo Jacob / Agência O Globo
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Lindbergh, candidato pelo PT, iniciou sua campanha em Macaé
O segundo dia de campanha dos candidatos ao governo do Rio foi de movimentação. A menos de três meses das eleições, eles já podem realizar comícios e fazer campanha pela internet. A veiculação de propagandas no rádio e na TV ainda não está permitida. Os candidatos não divulgaram a agenda para hoje em seus blogs e sites.

Anthony Garotinho, da Aliança Republicana Popular (PR-PROS-PT do B), realizou um encontro com lideranças e candidatos, na Pavuna, à noite. Marcelo Crivella, candidato do Partido Republicano Brasileiro (PRB) gravou vídeo para a Web pela manhã e à tarde esteve reunido com membros do plano de governo. Já Lindberg Farias, da coligação Frente Popular (PT / PV / PSB / PC do B), fez caminhadas pelo Centro de Macaé pela manhã e pelo Centro de Cabo Frio à tarde. 

Lindbergh disse em Macaé que não terá dificuldades de responder a eventuais cobranças dos eleitores do Norte Fluminense por causa de sua aliança regional com o PSB. No domingo, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência, foi criticado pela prefeita de Campos, por ser um dos defensores do projeto de redistribuição dos royalties do petróleo aprovado no Congresso, que acabou por reduzir o volume de recursos decorrentes da produção de petróleo em alto mar recebidos pelo estado do Rio e por cidades que integram a Bacia de Campos. Em entrevista durante caminhada em Macaé, Lindbergh defendeu Eduardo Campos das críticas de Rosinha. "Eu participei de todas as negociações no Congresso. Ele sempre mostrou disposição de negociar. Sempre teve uma posição conciliadora de tentar um acordo que envolvesse todos", disse o petista.

Durante comício inaugural da campanha de Anthony Garotinho (PR), em Campos, Rosinha disse que os eleitores da cidade "não podem votar" no candidato em Eduardo Campos, porque "ele está por trás" da proposta de redistribuição dos royalties. "É natural que um governador do Nordeste queira defender vantagens para o seu estado, assim como a gente quer que os recursos fiquem aqui. Mas ele nunca foi intransigente", criticou o petista, adjetivado por Rosinha como o "candidato da turma do Mensalão". Em momento algum, Lindberg mencionou o nome da presidente Dilma em seu discurso.

Mesmo tendo seu partido participado até a ultima hora do governo estadual, o senador aproveitou para criticar o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), a quem atribuiu a derrota no Congresso.

- Acho que faltou ao Rio maior capacidade de diálogo. Quero ser um governador que não vai se isolar do resto do país. Acho que a posição de isolamento de Cabral nos levou a uma posição de perda no Congresso Nacional. A postura de um governador tem que ser a de diálogo com todos os estados. Não pode bater pé, fazer birra - disse ainda Lindberg, que em momento algum mencionou o nome da presidente Dilma no discurso. 

O aumento dos índices de criminalidade e a falta d'água na região foram os problemas mais comentados pelos macaenses com o candidato petista. Lindberg criticou o aumento da violência nas cidades do interior

Discursando em frente à Câmara dos Vereadores sem microfone para cerca de cem correligionários, ele acusou o atual governo de privilegiar a Zona Sul da capital em detrimento da segurança na Baixada Fluminense e no interior, com a transferência de policiais para as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). 
Lindbergh prometeu que, se eleito, vai reforçar os batalhões locais para aumentar o policiamento. 

Embora tenha se comprometido com a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), Lindbergh abriu a possibilidade de um palanque duplo ao incorporar o PSB de Campos em sua aliança regional. 

O candidato ao governo do Rio deixou Macaé por volta das 14h e foi para Cabo Frio.
FONTE  O  DIÁRIO

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