Segunda-feira, 30 de novembro de 2015 às 14:16 (Última atualização: 30/11/2015 às 14:31:19)
Estamos punindo severamente ação ‘irresponsável’ que causou tragédia no Rio Doce, afirma Dilma
Durante seu discurso no primeiro dia da Conferência do Clima de Paris (COP21), nesta-segunda (30), em Paris, a presidenta Dilma Rousseff classificou o rompimento da barragem em Mariana (MG), como uma “ação irresponsável de uma empresa” que provocou o“maior desastre ambiental da história do Brasil”, na bacia hidrográfica do Rio Doce. Ela garantiu aos presentes que o governo está punindo “severamente” os responsáveis.
“Estamos reagindo a um desastre por medida de redução de danos, apoio as populações atingidas, prevenção de novas ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia”, afirmou a presidenta logo no início de seu discurso.
A barragem do Fundão é controlada pela mineradora Samarco, cujo os donos são a Vale e a BHP Bililton.
Só o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) já multou a Samarco em R$ 250 milhões.
No dia 5 de novembro, o rompimento da barragem do Fundão provocou o lançamento de rejeitos no Rio Doce que chegaram a diversos municípios de Minais Gerais e do Espírito Santo. A lama despejada no rio também atingiu o litoral norte do Espírito Santo e avançou mar adentro.
A presidenta Dilma tem comandando pessoalmente todas as ações do governo federal para minimizar o estrago causado pela tragédia. Além de ter sobrevoado os locais afetados pelo acidente, a presidenta já se reuniu por três vezes com os governadores de Minais Gerais, Fernando Pimentel, e do Espírito Santo, Paulo Hartung. Em duas delas, a presidenta os recebeu em audiência no Palácio do Planalto.
Dilma também recebeu no Palácio o fotógrafo Sebastião Salgado, que há anos desenvolve um projeto de recuperação da bacia do Rio Doce.
O governo reconheceu a situação de emergência em Mariana por procedimento sumário, para a ampliação das ações de assistência e reconstrução das áreas prejudicadas e possibilitar que as famílias afetadas pudessem sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O governo federal também instituiu o Comitê de Gestão e Avaliação de Respostas ao desastre. O objetivo do Comitê é acompanhar as ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais afetados, recuperação de ecossistemas e de reconstrução decorrentes do desastre. Coordenado pela Casa Civil, é composto pelos ministérios da Integração Nacional, Justiça, Defesa, Minas e Energia, Meio Ambiente e Cultura e pela Advocacia-Geral da União.
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