06/01/2014 00:15:28

Corpo a Corpo: A conta não fecha

Longe de mim fazer intriga, mas considerando que o partido de Pezão é o que tem mais prefeituras e ‘aliados’, por que ele não aparece como favorito?

ROZANE MONTEIRO

Rio - O ano da eleição mal começou e eu já parei para fazer conta aqui. Incluí na minha lista quatro pré-candidatos que têm aparecido nas pesquisas com chances reais de ir para o segundo turno — Garotinho (PR), Crivella (PRB), Lindbergh (PT) e Cesar Maia (DEM). Também botei Pezão (PMDB), que não aparece bem nas pesquisas, mas tem a “máquina” a seu lado. Pensem comigo. Se a matemática fosse um ser do bem, a peleja já estaria resolvida. O PMDB tem 24 prefeituras; o PT, 11; o PR, sete; o PRB, quatro; e o DEM, duas.

Garotinho: 'A partir dessas notícias, a Justiça e o MP vão tomar providências, e o governador vai tomar Rivotril'

Foto:  Nei Lima / Agência O Dia

Isso sem contar os prefeitos ‘aliados’ e os vices, por conta de alianças que podem se desfazer com um telefonema. Longe de mim fazer intriga, mas considerando que o partido de Pezão é o que tem mais prefeituras e ‘aliados’ — incluindo do PT — , por que ele não aparece como favorito? Acordei amarga ou já tem irmão desconhecendo irmão?

P.S.: Tomei um tombo de bicicleta ontem em frente ao Palácio Guanabara que me pareceu, sei lá, um péssimo sinal para o ano que se inicia.
‘COMEÇAAAAR DE NOOOOVO...’
Não bastasse ter que encarar a concorrência, tenho que ficar de olho no blog do deputado federal Anthony Garotinho. Portador do insuportável hábito de ‘furar’ a imprensa, o pré-candidato a governador do Rio pelo PR vai começar a postar no blog a partir de hoje sabe-se-lá-que-bomba para deixar muito adversário sem dormir.
E muito jornalista: eu, por exemplo, só sossego quando vir o que Garotinho vai aprontar dessa vez. Lembrando que, da última vez em que ele resolveu dar uma pernada na imprensa, foi um Deus-nos-acuda. E esse 2014 que não acaba.
É PRA ENLOUQUECER O ELEITOR?
O senador Lindbergh Farias nasceu Luiz Lindbergh Farias Filho. Com ‘h’ no fim do segundo nome, como o do pai. Quando entrou para a política, foi convencido de que tinha que tirar o ‘h’ para facilitar a vida do eleitor. Mas, aí, quando virou senador, a pedido da mãe e, em nome do pai, botou o ‘h’ de volta — como está no site do Senado. Agora, pré-candidato ao governo do Rio, foi convencido por algum outro gênio da campanha de que tinha que voltar a ser ‘Lindberg’. Só eu acho que isso vai dar um nó na cabeça do eleitor?