Cinco cidades-sede da Copa passam limite da Aneel para cortes de energia
No topo da lista, Rio ficou 70% acima do limite permitido para falta de luz.
Porto Alegre, Recife, Salvador e Cuiabá completam a lista.
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Cinco entre as 12 cidades brasileiras que vão sediar jogos da Copa do Mundo ultrapassaram o limite fixado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para cortes de energia. Entre elas, o Rio de Janeiro, que vai receber a final do Mundial, como mostrou o Jornal Nacional.
A cidade que apresentou o maior índice de falta de luz por residência. O aceitável seria nove horas e sete minutos, mas a cidade registrou mais de 15 horas sem luz, 70% acima do limite. Porto Alegre ficou sem luz quase 40% a mais, seguido por Recife, com 20%, Salvador (10%) e e Cuiabá (1%), que registrou o menor índice.
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Os dados são de janeiro a novembro de 2013 e não incluem o mês de dezembro do ano passado, época de aumento do consumo por conta do calor e também de problemas no fornecimento de energia causados por chuvas fortes.
Em nota, a Light, concessionária de energia do Rio atribuiu as interrupções no fornecimento principalmente às ligações clandestinas. A Coelba, da Bahia, a Rede Cemat, de Mato Grosso, e a Celpe, de Pernambuco, relacionaram os problemas às chuvas fortes que caíram no período. A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul declarou que alguns desligamentos de energia foram necessários para a realização das obras de melhoria do sistema, em função da Copa.
Moradores reclamam
No Rio, os moradores dizem que pagam as contas em dia e que recebem em troca um serviço ruim. Cinco blocos de um condomínio ficaram sem energia desde a sexta-feira passada (3) até a madrugada desta quarta (8) e, quando os técnicos da empresa foram fazer o conserto, fizeram um reparo provisório e inseguro num lugar onde passa muita gente. Um fio de alta tensão foi deixado na área interna de um prédio, quase sem proteção. À tarde, voltou a faltar energia.
No Rio, os moradores dizem que pagam as contas em dia e que recebem em troca um serviço ruim. Cinco blocos de um condomínio ficaram sem energia desde a sexta-feira passada (3) até a madrugada desta quarta (8) e, quando os técnicos da empresa foram fazer o conserto, fizeram um reparo provisório e inseguro num lugar onde passa muita gente. Um fio de alta tensão foi deixado na área interna de um prédio, quase sem proteção. À tarde, voltou a faltar energia.
O estado do amazonas está dentro do limite estabelecido pela Aneel, mas no fim do ano houve problemas no abastecimento em cidades como Manaus, que registra também o maior número de ligações clandestinas do país.
Desde janeiro de 2010, as distribuidoras são obrigadas a repassar ao consumidor uma compensação pelas falhas na prestação do serviço. Um desconto que tem que aparecer na fatura.
Segundo a Aneel, até novembro de 2013, foram devolvidos ao consumidor, em todo o Brasil, R$ 224 milhões.
O diretor do programa de pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio (Coppe-UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, acredita que o problema está na distribuição de energia por parte das concessionárias.
“Houve um aumento da renda de camadas mais pobres e que tendem a comprar mais equipamentos elétricos. Então a companhia elétrica deve cuidar para cobrir isso tudo, expandindo a rede de distribuição, colocando transformadores com capacidade maior. Isso é de responsabilidade da companhia de energia elétrica”, explica.
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