quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Custo da Arena da Baixada pode subir 10%

Estimativa é do secretário municipal Reginaldo Cordeiro, devido ao aumento no número de funcionários para terminar a obra no prazo da Fifa
“No ritmo em que está, a obra não termina para a Copa do Mundo”, diz secretário / Arena“No ritmo em que está, a obra não termina para a Copa do Mundo”, diz secretárioArena
O custo da Arena da Baixada pode aumentar em até 10% devido ao aumento de funcionários na obra. A estimativa é do secretário municipal da Copa do Mundo, Reginaldo Cordeiro. “Não existe mágica, se for preciso contratar mais pessoas, o preço sobe. No ritmo em que está, a obra não termina para a Copa do Mundo”, afirmou.

A última projeção de gastos divulgada pelo Ministério do Esporte previa que seriam necessários R$ 326 milhões para terminar o projeto. O valor, no entanto, será recalculado a partir de hoje, quando um novo comitê gestor começa a trabalhar na Arena. 

Devido aos atrasos, a Fifa ameaçou retirar Curitiba da Copa do Mundo, e deu prazo até 18 de fevereiro para que as obras aumentem de ritmo. 

De acordo com a CAP/SA, oficialmente estão trabalhando cerca de mil funcionários no estádio. Para que ele fique pronto até a Copa do Mundo, no entanto, a força de trabalho teria que  aumentar de 50% a 70%. 

Ainda não está claro, no entanto, de onde virá o novo aporte de recursos para terminar a obra. A prefeitura vai gastar R$ 143 milhões por meio de títulos de potencial construtivo, além de outros valores aplicados em desapropriações em terrenos no entorno.

Segundo Cordeiro, a administração municipal não pretende aumentar seus gastos. “O Atlético-PR pode conseguir mais financiamentos, mas para isso terá que dar novas garantias, como os naming rights da Baixada ou espaço de publicidade”, diz. 

A Agência Fomento Paraná, do governo do Estado, ainda está avaliando a liberação de R$ 39 milhões como empréstimo para o clube. Como garantia, o Atlético-PR ofereceu as cotas de transmissão de televisão de seus jogos.

O clube também já recebeu praticamente todo o valor de outro financiamento, de R$ 131 milhões, contratado junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Do total, já foram repassados R$ 124 milhões. 

Comitê Gestor 

Um novo comitê gestor, que inclui o governo do Estado e a Prefeitura, começa hoje a trabalhar na obra. A prefeitura indicou um representante do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná) para o grupo. 

“Faremos relatórios diários sobre o andamento. Queremos entrar a fundo no cronograma da obra, para saber o que efetivamente está pronto e quais pontos devem ter prioridade”, diz o presidente do sindicato, José Eugeni Gizzi.

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