sexta-feira, 4 de abril de 2014

Rio sob nova direção: Pezão assume o governo

Cabral e Pezão, em visita às obras do MIS
Cabral e Pezão, em visita às obras do MIS Foto: Shana Reis/ divulgação
Antero Gomes
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O Estado do Rio terá, nesta sexta-feira, um novo governador empossado. Luiz Fernando Pezão assume hoje, às 10h 30m, o cargo em substituição a Sérgio Cabral, que renunciou na quinta-feira. O peemedebista Pezão terá pela frente nove meses de gestão, sendo que, em sete deles, terá a máquina administrativa na mão para inaugurar obras, apresentar projetos e, em outubro, concorrer ao mesmo cargo, num mandato que se inicia no ano que vem.
Sérgio Cabral renunciou na tarde de ontem. Sua carta foi lida na Assembleia Legislativa (Alerj), pelo presidente da Casa, deputado estadual Paulo Melo (PMDB), pouco depois das 16h30m. Cabral não estava na solenidade. Ele deve tentar uma vaga no Senado.
O novo governador, Pezão, já alugou um apartamento a poucos metros do Palácio Guanabara, na Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras. Ele morava no Leblon. Quer ficar mais próximo do trabalho. Hoje, diante dos prefeitos da Baixada Fluminense, vai assinar, em Nova Iguaçu, um contrato de financiamento no valor de US$ 50 milhões com o Banco Mundial, para a elaboração do planejamento estratégico da região. Será um dos seus primeiros atos. A região é reduto eleitoral de dois de seus prováveis concorrentes: Lindbergh Farias (PT) e Anthony Garotinho (PR).
E Pezão já avisou ao seu primeiro escalão que vai trabalhar com governo itinerante. Três dias por semana, vai levar o secretariado para despachar na Baixada Fluminense e em São Gonçalo.
Em outubro de 2006, com apoio da então governadora Rosinha Garotinho, Sérgio Cabral teve 5,1 milhões de votos, 68% do total, e foi eleito pela primeira vez ao cargo. Em 2010, recebeu 5,2 milhões votos (66,08%). Foi reeleito. Menos de três anos após a reeleição, no entanto, uma pesquisa do Datafolha apontou que, no auge de sua popularidade, em novembro de 2010, Cabral tinha 55% de aprovação. Em novembro de 2013, a aprovação passou para 20%, 35 pontos percentuais a menos.
Entre os motivos da queda: os protestos de rua, muitos deles motivados por graves problemas ocorridos em comunidades pacificadas. A ironia disso: as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foram a principal vitrine do governo nos últimos anos de gestão Cabral.
— Não tenho do que me queixar com a população do Rio de Janeiro. Fui o governador mais votado da história em 2006 e em 2010. Graças a Deus, temos democracia e rodízio de poder. Minha gratidão é eterna — disse Cabral, às vésperas de deixar o Palácio Guanabara.


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