Posted: 31 Oct 2014 05:00 AM PDT
Segundo dados do Ministério da Educação, dentre os estudantes contemplados em 2014 pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), mais da metade são negros. No primeiro ano do programa, 2005, apenas 37,2% dos estudantes eram negros. Hoje, são 56,48%. Em números absolutos, a quantidade de alunos negros passou de 35.568, há 10 anos, para 125.566 atualmente, um aumento de 353%.
Joceline Gomes, 26 anos, é aluna da primeira turma do programa, em 2005. Para ela, sua vida mudou ao conquistar uma bolsa integral no curso de Jornalismo da Universidade Católica de Brasília (DF). “Minha família era de classe média baixa, a gente não tinha acesso a nada. Quando entrei na universidade e vi que eu realmente podia estar lá, que aquela vaga realmente era minha, que eu tinha uma bolsa integral que ia me permitir cursar uma faculdade, foi a oportunidade da minha vida. Isso me transformou no que sou hoje. O programa foi determinante para que eu fizesse o curso superior”, afirma a jovem negra, moradora de Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal.
A ex-bolsista se formou em 2008 e hoje trabalha na sua área de formação. Segundo levantamento da Seppir, 85% dos alunos formados pelo programa possuem emprego, sendo que 65% trabalham com carteira assinada. A maioria desses estudantes trabalha na área em que se formaram. Para a jovem, a melhoria de vida não veio somente para ela. “Eu fui a primeira a entrar na faculdade de toda a minha família. Isso já vai encorajando outras pessoas da família. Então você vai puxando toda uma geração de pessoas e vai influenciando. Primeiro dentro da sua família, depois com seus amigos, e vai aumentando esse círculo”, assegura.
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