terça-feira, 30 de junho de 2015

GOVERNO

Dilma convida investidores para novo ciclo de crescimento no Brasil

Viagem aos Estados Unidos

A presidenta fez o discurso de encerramento do seminário que apresentou o Programa de Investimento em Logística em Nova York e anunciou o lançamento nos próximos meses de planos para petróleo, gás e energia
por Portal BrasilPublicado29/06/2015 15h11Última modificação29/06/2015 15h11
Diante de uma plateia de investidores e empresários, a presidenta Dilma Rousseff fez nesta segunda-feira (29), em Nova York, um convite para que eles invistam nos grandes projetos de infraestrutura no Brasil. A nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado neste mês, é uma das peças fundamentais para o crescimento sustentado e de longo prazo da economia brasileira.
“Estamos em uma fase de construção das bases para um novo ciclo de expansão da economia brasileira”, afirmou Dilma, no encerramento do Encontro Empresarial sobre Oportunidades de Investimento em Infraestrutura no Brasil. “Faz parte dessa estratégia a adoção de medidas de controle da inflação e equilíbrio fiscal, bem como medidas de incentivo ao investimento e aumento da produtividade.”
A presidenta informou que, no dia 7 de julho, serão anunciadas as regras da 13ª rodada de áreas de exploração de petróleo e gás. Um plano para o setor de energia, segundo Dilma, deverá ser apresentado em agosto. “Com isso, finalizaremos a nossa proposta de investimento em infraestrutura para o novo ciclo”, explicou Dilma, ressaltando que as concessões do PIL devem render R$ 198,4 bilhões em investimentos.
De acordo com a presidenta, os investimentos em logística (rodovias, ferrovias, portos e aeroportos) têm o objetivo de reduzir custos e aumentar a produtividade da economia brasileira. Desta maneira, avaliou Dilma, os salários e lucros poderão crescer mais rapidamente e sem pressionar a inflação. Já a arrecadação de impostos também pode subir, mantendo inalterada a carga tributária.
“Com mais produtividade, cresceremos mais, com melhores empregos. Daremos continuidade às políticas de redução da desigualdade que tiraram da miséria milhões de brasileiros e estão construindo um país de classe média, com melhores serviços públicos”, salientou a presidenta, ao identificar os benefícios dessa nova estratégia de crescimento econômico para a população.
Avanços
Ao mostrar o desempenho recente do Brasil, a presidenta enfatizou os ganhos obtidos na área de infraestrutura a partir de 2011. Segundo ela, as concessões de rodovias chegaram a 5,3 mil quilômetros, o maior nível dos últimos 30 anos. As ferrovias novas somaram 1,1 mil quilômetros em quatro anos. E os seis aeroportos concedidos desde 2011 atendem à demanda crescente de passageiros e cargas.
“Até então, jamais, qualquer aeroporto havia sido concedido à iniciativa privada”, lembrou Dilma aos participantes do encontro em Nova York. O próximo passo serão as concessões dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, que devem atrair R$ 8,5 bilhões de investimentos privados.
Na área de portos, Dilma citou os avanços alcançados a partir da aprovação da nova lei para o setor em 2013. “Já autorizamos a construção ou a expansão de 40 terminais privados [chamados de TUP] e prorrogamos três arrendamentos de terminais públicos. Em apenas dois anos, viabilizamos a realização de 11,5 bilhões de reais em novos investimentos”, comemorou.
As concessões deverão ser muito atrativas para o setor privado, uma vez que ocorreu um crescimento forte de fluxo de pessoas e cargas no Brasil nos últimos 15 anos. Dilma informou que houve um aumento de 129% na produção de grãos, de 184% na frota de veículos e de 154% nos passageiros. “Mais e mais pessoas utilizam transporte aéreo no Brasil. E mais e mais oportunidades de investimento estão se abrindo.”
“Esses números representam uma mensagem alta e clara para o governo brasileiro, sobretudo em um período de maior restrição fiscal como atravessamos hoje. É preciso transformar a demanda potencial por melhor infraestrutura em projetos viáveis de investimento para o capital privado”, acrescentou.
Fonte: 
Portal Brasil

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