Imagine 19/11/2015 | ||||
Projeto internacional tem continuidade nas escolas da Coxilha Rica | ||||
Depois da execução do ciclo de módulos os recursos educacionais, que são registros do que foi colhido no local, ficam à disposição na internet, como um trabalho de extensão, em três idiomas, além de documentários curtos sobre cada temporada | ||||
Lages sempre inaugurou todos os módulos, como projeto-piloto, antes de serem estendidos aos demais países (Foto: Nilton Wolff) | ||||
Que a Coxilha Rica é um pedacinho de chão especial e atrai olhares de vários países, isso não é novidade. Mas depois do desenvolvimento de um projeto internacional na localidade essa visibilidade se tornou ainda maior. Os alunos da Escola Itinerante Maria Alice de Souza, Núcleo Fazenda do Baú, tiveram a oportunidade de receber o Imagine, o primeiro realizado no Brasil, no ano de 2013. Trata-se de um projeto de solidariedade que visa à inclusão científica e o intercâmbio cultural entre os povos. A boa notícia é que o projeto volta à Coxilha no ano que vem, com um novo tema. Posteriormente a comunidade Rancho de Tábuas também receberá a atividade. Nesta quarta-feira (18) a secretária de Educação, Marimilia Coelho, recebeu o grande incentivador do projeto, o professor de genética da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), André Ávila Ramos, com os professores parceiros Nicolas Lindner, psicólogo, o doutorando Rafael Scoz e o professor de farmacologia Rogério Tonussi. Estiveram presentes ainda o coordenador das escolas itinerantes de Lages, Antônio Moraes, a professora do Núcleo Fazenda do Baú, Andhira Araújo e a professora orientadora Jussara Lazzari. O primeiro módulo aplicado em 2013 teve como tema “DNA, diversidade e hereditariedade” e foi desenvolvido aproveitando a realidade local da Coxilha, como a fauna, a flora e as pessoas que ali vivem. Para isso a equipe do Imagine ficou durante uma semana na sede da Escola Itinerante, onde montaram um verdadeiro laboratório de biologia à disposição dos alunos. Foram feitas coletas de material da região que os estudantes analisaram sob diversos pontos de vista e fizeram testes e simulações. Remédios é o próximo tema Em 2014 foi desenvolvido o módulo “Energia” e o terceiro, no ano que vem, será “Remédios – como se sabe que fazem bem”, na área da farmacologia, fechando um ciclo de três módulos em cada comunidade. A previsão é de que seja executado até o fim de fevereiro para que, em abril, Rancho de Tábuas inicie um novo ciclo, recebendo o primeiro módulo “DNA”. Um dos pesquisadores, o professor Rogério Tonussi, afirma que a região da Coxilha tem uma riqueza muito grande de plantas com uso medicinal e provavelmente os alunos já conheçam grande parte. “Nosso intuito é fazer com que o estudante perceba melhor o uso de medicamentos sintéticos e os naturais, comparando os prós e os contras. Essas discussões sobre a educação farmacológica é fundamental entre os estudantes. A juventude precisa refletir sobre algo tão cotidiano e que cuidados precisam ter, mesmo com os remédios naturais, que podem ter tantos riscos quanto os comprados em farmácia”, diz. Visibilidade em mais de cem países O projeto atualmente é desenvolvido em mais de cem países e o site oficial, projetoimagine.ufsc.br, está traduzido em quatro idiomas. Um ciclo já foi levado para o Peru, no Vale Sagrado dos Incas, por exemplo. Lages, mais precisamente a Coxilha Rica, sempre inaugurou todos os módulos, como projeto-piloto, antes de serem estendidos aos demais países. “A resposta tem sido maravilhosa, tanto os alunos como os professores se apaixonam pelo projeto cada vez que é executado. Criamos uma relação muito próxima com a comunidade durante a semana em que são desenvolvidos os trabalhos, uma verdadeira troca de experiências”, comenta o professor André. Depois da execução do ciclo de módulos em cada comunidade, os recursos educacionais, que são registros do que foi colhido no local, ficam à disposição na internet, como um trabalho de extensão, em três idiomas para o mundo inteiro, além de documentários curtos sobre cada temporada. Dentre eles, dois vídeos foram produzidos em Lages. Eles podem ser visualizados nos links projetoimagine.ufsc.br/videos/. “Já temos acesso de mais de cem países e mil cidades e os mais vistos foram os de Lages”, relata André. | ||||
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
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