sábado, 4 de junho de 2016

Jurados se preparam para o 4º Concurso de Quadrilhas e Misses Juninas da Prefeitura de Belém

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 03/06/2016 09:35

  • / ARRAIÁ DA CAPITÁ / 03/06/2016 09:35

    Segunda parte do seminário para os jurados do Concurso de Quadrilhas e Misses Juninas ocorreu nesta quinta-feira, 2.


O Arraiá da Capitá começa só no dia 16 de junho, mas os preparativos para o tradicional concurso de quadrilhas juninas, promovido pela Prefeitura de Belém, já estão a todo vapor. Na noite de quinta-feira, 2, foi realizada a segunda parte do seminário para os jurados do Concurso de Quadrilhas Juninas e Misses Juninas. Iniciado na quarta-feira, 1, o seminário vai até esta sexta-feira, 3, e visa a orientar quanto aos critérios a serem avaliados em cada quesito, esclarecer dúvidas e garantir coesão na avaliação dos jurados.
Jurada no quesito Coreografia, Arianne Pimentel, de 29 anos, ressalta a importância desses três dias de preparação. “Esse é um momento de estudo e compartilhamento, em que é muito importante que haja esse alinhamento de ideias e julgamentos, para que não ocorram discrepâncias de avaliação”.
Arianne é formada em Dança e mestre em Arte pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e foi uma das duas pessoas selecionadas para julgar o quesito Coreografia. Serão avaliados, ainda, traje junino, marcação, conjunto e evolução das quadrilhas, sempre contando com dois jurados para cada quesito.
“Como professora de dança, é apaixonante participar desse evento, que se trata de uma expressão popular e cultural. Poucas quadrilhas têm um profissional de dança formado dentro do grupo, eles aprendem da observação. É algo que passa de geração em geração, e que não podemos perder”, afirmou Arianne, que espera ter a oportunidade de julgar grandes espetáculos este ano. Esta é a terceira vez que ela participa do corpo de jurados do concurso.
A escolha do corpo do júri partiu de uma seleção de currículos realizada pela Fundação Cultural do Munícipio de Belém (Fumbel), que ao final selecionou quatro pessoas para cada quesito e, deixou a critério dos representantes dos grupos juninos a escolha dos 11 jurados finais do concurso. Daniel Freitas de Araújo, bacharel em música pela UFPA e integrante do grupo vocal AMA e do Amazônia Jazz Band, também fará parte desta equipe, sendo o responsável por auxiliar os grupos na parte musical.
Para Francisco das Chagas Pereira, de 50 anos, com mais de 20 de carreira no mundo das artes plásticas e cênicas e um extenso currículo que inclui seis participações no júri do concurso junino promovido pela Prefeitura de Belém, o evento é uma das principais expressões culturais do nortista e que, por isso, não pode perder a identidade e tradição.
“A cada ano vejo coisas originais nas apresentações, um elemento novo, diferente, alegórico, essa é a essência do fazer popular. Mas acredito que mesmo que nos deixemos influenciar por outras culturas, precisamos manter a nossa, nos reconhecer”, disse Francisco, que julgará traje junino e revela ser criterioso na avaliação. “Avalio desde a utilização do material, composição, criatividade, utilização de materiais regionais ou não, até a escolha da adequação do traje para cada pessoa, pois tem que garantir mobilidade para desenvolver o espetáculo”, explicou.
Este ano o Arraiá da Capitá chega à 4ª edição e conta com 55 quadrilhas inscritas na categoria juvenil/adulto e nove inscritas na infanto-juvenil. Serão dez dias de festa, do dia 16 a 26 de junho, na praça Waldemar Henrique. Haverá ainda a tradicional escolha das misses juninas, com atenção para os quesitos beleza, traje junino, coreografia e conjunto.
Para a Fumbel, que organiza o evento, a expectativa é grande. “A praça Waldemar Henrique conta com toda a estrutura que precisamos para realizar um evento desse porte, e estamos prezando pela organização, daí a importância desse seminário, de manter um diálogo com os jurados, tirar todas as dúvidas, enfatizar a importância da pontualidade e da coesão nos critérios de julgamento”, disse a chefe da divisão de Artes Cênicas da Fumbel, Ruth Botelho. “Somos um dos poucos Estados que ainda mantêm viva a tradição junina na sua essência, prezando por um traje que represente a roça. Os trajes não podem virar carnavalescos, precisamos manter a tradição”, completou.
Nesta sexta-feira, 3, o seminário continua, os jurados se reúnem com o presidente da Federação Municipal de Quadrilhas Juninas de Belém (Femuq), Maurício Nassau, com um corógrafo e um estilista, que passarão as últimas informações antes do concurso.
Texto: Kennya Corrêa
Foto: João Gomes - NID Comus / Uchôa Silva/Comus
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)

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